Ouagadougou - As análises realizadas sobre os restos mortais presumidas do antigo presidente burkinabe, Thomas Sankara, morto em 1987 num golpe Estado, não permitiram detectar um DNA, indicou nesta segunda-feira um advogado da família Sankara, citado pela AFP.
"Podemos simplesmente dizer sobre que esses resultados que, o estado dos restos (mortais) não permitem aos laboratórios de certificar a existência do DNA" sobre os corpos exumados em finais de Maio deste ano, disse o advogado Bénéwendé Stanislas Sankara.
O causídico explicou à imprensa que os primeiros e segundos níveis (dos testes de DNA) certificam resultados que se conformam aos da autópsia, mas o terceiro nível, peritagem cientifica concluiu que não há DNA detectável conforme ao estado actual da ciência.
Segundo o advogado, as análises foram realizados pelo laboratório da polícia de Marselha (sul da França), um laboratório de referência na matéria que trabalhou em conformidade com as normas internacionais.
Thomas Sankara e 12 dos seus companheiros foram mortos no dia 15 de Outubro de 1987 durante o golpe de Estado que colocou no poder o antigo chefe de Estado Blaise Compaoré.
Os corpos foram exumados em finais de Maio deste ano para desvendar o mistério em torno das circunstâncias da morte do pai da revolução burkinabe.
Os resultados da autópsia enviados na primeira quinzena de Outubro de 2015 indicam que os restos mortais do presidente Sankara estavam "crivado de balas".
O inquérito sobre a morte de Sankara foi aberto em finais de Março de 2015, após a queda de Compaoré em Outubro de 2014, derrubado por manifestações de rua após 27 anos no poder.
As causas da sua morte eram um tabu na era Compaoré, antigo companheiro de armas de Sankara que, as vezes, era suspeito de ter comanditado o seu assassinato.
Pelo menos meia dúzia de pessoas, na sua maioria, antigos militares do Regimento de Segurança Presidencial (RSP), antiga guarda pretoriana de Compaoré, foram acusados por assassínio, atentado e deterioração de cadáveres. Fonte: Aqui
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