quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

COORDENADORA DE “MIGUILAN” AFIRMA QUE MULHER É LIVRE DE MILITAR NO PARTIDO EM QUE ACREDITA

Coordenadorra de MIGUILAN,Maria Domingas Tavares Pinto Cardoso
A Coordenadora do Movimento “Mindjeris di Guiné Nô Lanta – MIGUILAN”, Maria Domingas Tavares Pinto Cardoso, afirmou ontem, 30 de dezembro de 2015, que a mulher guineense é livre de militar no partido político em que acredita, tendo assegurado ainda que o movimento que dirige “é apartidário e que todas as mulheres que o abraçaram, fizeram-no por convicção e por se reverem e se identificarem com os princípios e objectivos que os norteiam”.
 
Esta responsável disse a’O Democrata, durante a cerimónia de apresentação, que este novo movimento está constituído exclusivamente por mulheres que espontaneamente se mobilizaram para dizer “Basta” aos recorrentes eventos políticos em particular os que se têm vivido nos últimos tempos e que têm mergulhado a Guiné-Bissau num clima de constante instabilidade, com golpes de Estado cíclicos, interrupções frequentes da normalidade governativa e do processo de relance económico do país.
 
A coordenadora explicou que os objectivos de “MIGUILAN” visa promover e incitar debates sobre as questões da boa governação, democracia, direitos humanos e género na Guiné-Bissau, a nível nacional, regional e internacional, como também promover o empoderamento e a participação política da mulher guineense. Acrescentou ainda que o movimento está disposto a denunciar a todos os níveis as decisões e práticas vigentes na Guiné-Bissau que sejam contrárias às prerrogativas da democracia e de um Estado de direito, assim como à justiça e igualdade sociais.
 
“O movimento atento aos direitos humanos, à justiça social e ao combate a todas as formas de exclusão e discriminação, pretendemos estar acima das querelas políticas e com uma visão nacional e um olhar no futuro, que seja aberto e inclusivo, e onde a diversidade possa ser entidade como uma mais-valia”, contou a activista.
 
Explicou neste particular que as acções do MIGUILAN serão nas linhas de contribuir para o desenvolvimento das capacidades de intervenção da mulher nas esferas de decisão através do estabelecimento de protocolos e parcerias com organizações e associações nacionais e estrangeiras congéneres, de maneira a reforçar mutuamente as suas acções e da sociedade civil guineense.
 
“Queremos chamar à razão sobre os excessos políticos de qualquer ordem, em especial aqueles que coloquem em questão a vida das mulheres, a paz e a estabilidade da nação”, advertiu.
 
Recorde-se que o “MIGUILAN” foi fundado no dia 24 de Agosto de 2015, por 29 mulheres guineenses que residem no país e no estrangeiro.
Foto família de participantes
Por: Aissato Só