O exército nigeriano anunciou que perdoou 66 soldados que haviam sido condenados à pena de morte por se recusarem a combater o Boko Haram. Os militares, que seriam mortos por um esquadrão de disparos, irão passar 10 anos na prisão.
Os homens foram condenados num tribunal marcial por se recusarem a patrulhar uma estrada durante a noite, estrada essa onde dezenas de colegas tinham perdido a vida horas antes numa emboscada do Boko Haram.
As sentenças foram alteradas após uma revisão dos materiais presentes em tribunal, depois de uma ordem do general Tukur Buratai, o chefe máximo do exército nigeriano.
Outros 600 casos semelhantes estão também a ser reanalisados.
Centenas de soldados nigerianos desertaram, queixando-se de que não têm equipamento adequado para combater o Boko Haram – que, dizem, está muito mais bem equipado do que as Forças Armadas.
Paralelamente a este perdão, um antigo conselheiro presidencial para a segurança nacional está a ser julgado, por alegadamente ter desviado 2,1 mil milhões de dólares que deveriam ter sido usados para comprar armamento para o exército.
A revisão das penas a que os soldados foram condenados faz parte de uma investigação mais ampla, ordenada pelo Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, que tem como alvos o exército e a corrupção. Fonte: Aqui