O presidente da Câmara do Comércio Indústria, Agricultura e de Serviços (CCIAS) da Guiné-Bissau, Braima Camará (Ba Quecuto) entregou esta sexta-feira, 1 de Abril, uma carta de denúncia dos empresários e sucessivos governos que contraíram dívida do Fundo para a Promoção da Industrialização de Produtos Agrícolas (FUNPI).
Após a entrega do documento ao Procurador-geral da República, Braima Camará declarou à imprensa que o assunto é conhecimento público e tem a ver com dívidas do FUNPI.
“É muito importante para nós o esclarecimento cabal da situação da gestão do FUNPI. O processo já está entregue ao Ministério Público, portanto não é bom falar do conteúdo à imprensa, de forma a permitir o Procurador-geral fazer o seu trabalho com total liberdade e isenção”, assegurou o representante do sector privado guineense.
Braima Camará disse que a decisão de levar o processo ao Ministério Público visa defender a honra e a dignidade da instituição que dirige e a das pessoas que ali trabalham.
“Acho que devemos assumir todas as responsabilizações que o acto requer, por isso o esclarecimento cabal deste fundo seria para nós muito importante. Porque toda gente sabe o que foi dito ao longo destes anos todos. Remetemo-nos ao silêncio absoluto sobre essa matéria, porque nunca foi o nosso princípio tratar as questões importantes da vida pública na imprensa ou na praça pública. Por isso é que nunca reagimos e nem respondemos”, contou.
O líder da CCIAS disse estar de consciência tranquila e determinado em fazer conhecer “quais foram os governos que usaram o dinheiro do FUNPI e qual foi o montante subtraído por cada um deles.
Por: Assana Sambú