Bujumbura - O antigo presidente burundês, Jean-Baptiste Bagaza, que dirigiu o seu país de 1976 a 1987, faleceu nesta quarta-feira, num hospital de Bruxelas, 10 dias após ser evacuado por problemas de saúde para a Bélgica, segundo a sua família e a presidência burundesa.
"O presidente Bagaza faleceu esta manhã as 06h20 locais no hospital Sainte-Elisabeth em Bruxelas, onde estava a ser tratado", anunciou nesta quarta-feira à AFP um membro da sua família, por telefone.
Por causa do falecimento de Bagaza, o governo burundês decretou luto nacional de três dias, durante os quais, a bandeira nacional será colocada a meia haste.
Numa nota o Governo enfatizou que se vai render uma homenagem a "um trabalhador incansável que durante a sua presidência, desenvolveu as infra-estruturas económicas (...) das quais, o povo burundês vai sempre se lembrar".
O coronel Jean-Baptista Bagaza, um tutsi, nasceu em 1946 na comuna de Rutovu na província de Bururi (sul), e chegou ao poder em 1976, através de um golpe de Estado militar contra o seu antecessor, o general Michael Micombero, ele também tutsi saído da mesma comuna.
Ele toma as rédeas do poder, quando o país saiu de "72 eventos," um massacre de milhares de tutsis durante um levantamento hutu seguido de uma terrível repressão que dizimou mais de 100 mil hutus, incluindo a elite deste grupo étnico maioritário no Burundi.
Considerado como o construtor do Burundi moderno (estradas, centrais eléctricas, escolas, indústrias (....), foi derrubado durante um golpe de Estado que levou à presidência, o major Pierre Buyoya, igualmente tutsi, saído da mesma comuna que os dois antecessores.
Numa nota o Governo enfatizou que se vai render uma homenagem a "um trabalhador incansável que durante a sua presidência, desenvolveu as infra-estruturas económicas (...) das quais, o povo burundês vai sempre se lembrar".
O coronel Jean-Baptista Bagaza, um tutsi, nasceu em 1946 na comuna de Rutovu na província de Bururi (sul), e chegou ao poder em 1976, através de um golpe de Estado militar contra o seu antecessor, o general Michael Micombero, ele também tutsi saído da mesma comuna.
Ele toma as rédeas do poder, quando o país saiu de "72 eventos," um massacre de milhares de tutsis durante um levantamento hutu seguido de uma terrível repressão que dizimou mais de 100 mil hutus, incluindo a elite deste grupo étnico maioritário no Burundi.
Considerado como o construtor do Burundi moderno (estradas, centrais eléctricas, escolas, indústrias (....), foi derrubado durante um golpe de Estado que levou à presidência, o major Pierre Buyoya, igualmente tutsi, saído da mesma comuna que os dois antecessores.
Bagaza, senador vitalício, de acordo com a Constituição do Burundi, é um dos raros políticos burundeses que reúne consenso por unanimidade, após a sua morte.
O presidente Pierre Nkurunziza expressou, num tweet, esta quarta-feira, a sua "grande tristeza" pela morte do antigo estadista.
O CNARED, uma plataforma que agrupa a quase totalidade da oposição a Nkurunziza, da qual Bagaza era membro, assegurou que “tinha perdido um pilar da sua luta por um Burundi melhor".
O presidente Pierre Nkurunziza expressou, num tweet, esta quarta-feira, a sua "grande tristeza" pela morte do antigo estadista.
O CNARED, uma plataforma que agrupa a quase totalidade da oposição a Nkurunziza, da qual Bagaza era membro, assegurou que “tinha perdido um pilar da sua luta por um Burundi melhor".
O Burundi atravessa desde mais de um ano uma profunda crise política agravada pela violência armada, que já causou mais de 500 mortos e forçou mais de 270.000 burundeses a fugir do seu país. Fonte: Aqui
Foto: Aqui