Por Steven Swindells
PRETÓRIA, África do Sul (Reuters) - Uma das engrenagens mais sinistras do governo de minoria branca na África do Sul está sendo desvendada em um julgamento.
Promotores acusam o chefe do laboratório de guerra química do apartheid, Wouter Basson(na foto), mais conhecido como "dr. Morte", de desenvolver durante décadas toxinas para matar centenas de opositores do regime de minoria branca na África do Sul.
Entre as armas construídas por Basson estariam cigarros de anthrax e dispositivos ao estilo de James Bond, como chaves-de-fenda que escondiam agulhas hipodérmicas envenenadas.
Ex-funcionários do "dr. Morte" aceitaram depor em troca de imunidade. Seus testemunhos falam em envenenamentos, sufocamentos e outros horrores do apartheid. Alguns negros foram mortos com refrigerantes ou chá envenenados, outros eram mortos com machados ou com injeções cheias de veneno de cobra.
Johan Theron, ex-assassino do Estado, contou à Corte que matou "centenas" de oponentes do governo de Pretória, a maioria composta por ativistas da Organização dos Povos Africanos do Sudeste e líderes do então banido Congresso Nacional Africano (CNA, hoje no poder), de 1979 a 1987.
Theron disse que se especializou em injetar relaxantes musculares nas vítimas, fornecidos por Basson, que provocavam uma morte lenta por sufocamento. Para esconder os crimes, ele jogava os corpos no mar perto da Namíbia.
Outro testemunho marcante foi o de Petrus Botes, ex-funcionário do Escritório de Cooperação Civil, uma organização secreta cujo objetivo era acabar com os opositores do apartheid. Botes disse que recebeu ordens de contaminar a água de um acampamento de refugiados perto de Windhoek com cólera e febre amarela em 1988.
"Basson é um genocida. Ele deve ser mantido preso para sempre porque estamos lidando com um animal que não mostra remorsos", disse o porta-voz da CNA, Smuts Ngonyama.
Basson declarou-se inocente de 61 acusações de assassinato, fraude e comercialização de drogas. Se condenado, pode pegar prisão perpétua.
Libertado com uma fiança, o "dr. Morte" atualmente trabalha como cardiologista num hospital de Pretória. Seus pacientes disseram a jornais locais que ele era um bom médico.
PRETÓRIA, África do Sul (Reuters) - Uma das engrenagens mais sinistras do governo de minoria branca na África do Sul está sendo desvendada em um julgamento.
Promotores acusam o chefe do laboratório de guerra química do apartheid, Wouter Basson(na foto), mais conhecido como "dr. Morte", de desenvolver durante décadas toxinas para matar centenas de opositores do regime de minoria branca na África do Sul.
Entre as armas construídas por Basson estariam cigarros de anthrax e dispositivos ao estilo de James Bond, como chaves-de-fenda que escondiam agulhas hipodérmicas envenenadas.
Ex-funcionários do "dr. Morte" aceitaram depor em troca de imunidade. Seus testemunhos falam em envenenamentos, sufocamentos e outros horrores do apartheid. Alguns negros foram mortos com refrigerantes ou chá envenenados, outros eram mortos com machados ou com injeções cheias de veneno de cobra.
Johan Theron, ex-assassino do Estado, contou à Corte que matou "centenas" de oponentes do governo de Pretória, a maioria composta por ativistas da Organização dos Povos Africanos do Sudeste e líderes do então banido Congresso Nacional Africano (CNA, hoje no poder), de 1979 a 1987.
Theron disse que se especializou em injetar relaxantes musculares nas vítimas, fornecidos por Basson, que provocavam uma morte lenta por sufocamento. Para esconder os crimes, ele jogava os corpos no mar perto da Namíbia.
Outro testemunho marcante foi o de Petrus Botes, ex-funcionário do Escritório de Cooperação Civil, uma organização secreta cujo objetivo era acabar com os opositores do apartheid. Botes disse que recebeu ordens de contaminar a água de um acampamento de refugiados perto de Windhoek com cólera e febre amarela em 1988.
"Basson é um genocida. Ele deve ser mantido preso para sempre porque estamos lidando com um animal que não mostra remorsos", disse o porta-voz da CNA, Smuts Ngonyama.
Basson declarou-se inocente de 61 acusações de assassinato, fraude e comercialização de drogas. Se condenado, pode pegar prisão perpétua.
Libertado com uma fiança, o "dr. Morte" atualmente trabalha como cardiologista num hospital de Pretória. Seus pacientes disseram a jornais locais que ele era um bom médico.
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