Ustas Abubacar Djaló, que falava em exclusivo á RSM depois de uma visita às instalações de Sol Mansi de Bissau, disse ainda que, embora o prevalecente impasse político, mas os religiosos guineenses demonstram que é possível viver na irmandade.
“ Na semana passada o bispo da Igreja Católica e o Imame mantiveram um encontro e trocaram os livros sagrados. O encontro foi louvado por várias pessoas e deve servir de exemplo para os nossos políticos. Se no país existem aspectos negativos é bom saber que também existem coisas positivas. Os religiosos mostram aos políticos o caminho para o bem”, adianta.
Este líder muçulmano pede diálogo efectivo entre os políticos guineenses e por isso os líderes religiosos estão disponíveis a ajudar para o entendimento nacional.
“É chegado o momento de o diálogo prevalecer. Os políticos devem assumir as suas responsabilidades para tirar o país do marasmo em que se encontra. É uma vergonha para todos os guineenses sabendo que pessoas vêm de fora para nos fazer falar”, alerta.
Entretanto, na mesma entrevista, o presidente de União Nacional de Imames de Guiné-Bissau confirma ainda que a festa de Tabaski (festa de carneiro) terá lugar no próximo dia 12, segunda-feira, e por isso pede os muçulmanos para estarem em “sintonia” ao nível nacional.
“Quando a Guiné-Bissau estiver ao lado de Deus significa que a tranquilidade, a harmonia e a tolerância reinarão”, afirma.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos