A República Popular da China oferece equipamentos militares às Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP) da Guiné-Bissau. O lote de materiais oferecidos ontem, 04 de Janeiro 2017, inclui meios de transportes e equipamentos do escritório estimados em mais de dois milhões de Euros (20 milhões de Yuans, moeda chinesa).
Equipamentos entregues por Embaixador da China na Guiné-Bissau, Wang Hua ao governo guineense através do titular da pasta da defesa nacional, Eduardo Costa Sanhá, constam os seguintes materiais: dez (10) autocarros com capacidade de transportar cerca de trinta e cinco (35) pessoas cada e dez (10) viaturas [Jeep]. Ainda em quinze contentores instalados no quintal do antigo Quartel-general (QG), atual Estado-maior do Exercito constam diversos materiais para equipar os escritórios das FARP, por exemplo: 200 computadores de mesa e 120 computadores portáteis, entre outros materiais.
Após a cerimónia da entrega dos materiais, o ministro da Defesa Nacional, Eduardo Costa Sanhá disse na sua intervenção que os materiais ora recebidos são fruto do protocolo de acordo sobre o fornecimento gratuito de materiais militares à Guiné-Bissau pela China.
“É imperativo começarmos a dar bons exemplos em matéria de gestão, sobretudo dos recursos provenientes da nossa cooperação com os nossos parceiros bi e multilaterais de desenvolvimento, porque trata-se da contribuição do seu povo, e que lhes foi subtraído para apoiar-nos neste esforço de desenvolvimento”, advertiu o governante.
Sanhá diz reconhecer os esforços que o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, General Biague Na N’Tan tem imprimido para minimizar as carências a nível das diferentes estruturas militares, razão pela qual promete interceder junto do Chefe do Governo para melhorar cada vez mais as condições dos militares.
“Se olharmos um pouco as estatísticas do nosso sector, com uma atenção especial ao domínio das infra-estruturas, concretamente a construção do bairro dos ex-combatentes, o Hospital Militar Principal, a reabilitação das residências no Ex-QG, não nos restam dúvidas sobre a dimensão e o impacto da cooperação chinesa no sector da defesa”, observou o titular da pasta da defesa nacional.
Por seu turno, o embaixador da China na Guiné-Bissau, Wang Hua descreve o ato como sinal de amizade do compromisso entre os povos da China e da Guiné-Bissau, das forças armadas chinesas e guineenses, assim como dos governos de Pequim e de Bissau. O diplomata lembrou que os laços entre os dois países vêm dos anos 60 do século passado, quando na capital chinesa Amílcar Lopes Cabral assinou com o governo da China um importante acordo para obter apoios militares.
“Os elementos das forças armadas da China e da Guiné-Bissau vêm das famílias camponesas, por isso, apesar de terem um uniforme militar, não lhes tira o estatuto de serem uma parte inseparável do povo ou da nossa comunidade social, ou seja, a classe castrense é um elemento importante de participação nas nossas sociedades, fato que nos une ainda mais nessa luta contra a fome”, vincou Wang Hua.
Por: Sene Camará
Foto: Marcelo N’canha Na Ritche