Fonte: http://www.gaznot.com
«Considero-me um cidadão político... cujo primeiro compromisso é com o país, a Guiné-Bissau»
- Garante o escritor Fernando Casimiro “Didinho”
Fernando Jorge Gomes da Fonseca Casimiro, “Didinho”, concedeu uma entrevista exclusiva a Gazeta de Notícias em que aborda as diversas facetas da actualidade guineense.
Radicado em Portugal desde 1988, autor de vários artigos de opinião, autor de três obras literárias publicadas, “Didinho” define-se como “Humanista, pensador, escritor, poeta, fotógrafo, activista social, analista e cidadão político, assim é a abrangência multifacetada de um homem simples e apaixonado pela Vida”.
Eis a conversa mantida com Fernando Casimiro.
FC - Começo por agradecer ao jornal Gazeta de Notícias e em particular ao seu Director, Humberto Monteiro, por esta oportunidade que me foi concedida para falar sobretudo da nossa Guiné-Bissau, ainda que, consequentemente, sobre partes do meu percurso de vida.
Saí da Guiné-Bissau em Novembro de 1981, quando tinha 20 anos de idade, ou seja, vivo fora da Guiné-Bissau há 35 anos, repartidos por 7 anos na marinha mercante da Grécia e 28 anos de residência permanente em Portugal. Ao longo destes 35 anos tive o privilégio de viajar por 70 países de todo o mundo.
GN - Visitou a Guiné-Bissau depois de quantos anos de ausência?
FC - Visitei a Guiné-Bissau por períodos curtos, de férias, em 1983, 1984 e 1988. Depois fiquei 27 anos consecutivos sem lá ir, tendo regressado em Setembro de 2015 numa estadia de apenas 1 semana.
GN - Dentre as coisas que viu e ouviu o que é que o marcou?
FC - Das três vezes que lá estive na década de 80 constatei que o dirigismo do Estado continuava a ser feito pelo partido libertador, tal como acontecia antes de me ter ausentado em 1981 numa clara ausência de um Estado de Direito Democrático.
Só havia um Partido político, o partido libertador, que era designado “Força, luz e guia do nosso povo”, e considerado a força política dirigente da “nossa” sociedade.
Obviamente que era a continuidade da ditadura do Partido-Estado depois do golpe de Estado de 14 de Novembro de 1980 pela qual se foi semeando maus princípios e maus valores (que infelizmente ainda hoje continuamos a cultivar) para uma Sociedade que se desejava ser bem instruída, orientada e motivada numa perspectiva de compromisso para com o desenvolvimento do país através da interiorização de Bons princípios e Bons valores universais.
A ditadura reinante marcou-me profundamente, porquanto ser assumida de forma directa em prejuízo do nosso país e com consequências também directas sobre as nossas populações, na maioria das vezes de forma bárbara.
GN - Milita nalguma formação política?
FC - Não!
GN - Como explica a sua opção?
Nunca me passou pela cabeça ser militante ou dirigente político-partidário. Ainda que aceite a legitimidade dos partidos políticos na disputa do poder face aos requisitos legais e constitucionais de acesso ao poder legislativo sobretudo, a conclusão a que cheguei há uns bons anos, é que os partidos políticos dividem mais do que unem, numa perspectiva de afirmação e salvaguarda quer da Unidade Nacional quer do Interesse Nacional.
Um militante ou dirigente político-partidário, e os factos em presença na nossa Guiné-Bissau comprovam-no, está comprometido em primeiro lugar com o seu partido e não com o país, sob pena de ser sancionado internamente, caso desvie das linhas de orientação do partido, mesmo quando sejam prejudiciais ao país.
Não me revejo num compromisso político-partidário que ponha em causa o meu compromisso para com o meu país, com a Verdade, Transparência, com o respeito pela Constituição e pelas Leis da República, em suma, com o Interesse Nacional e o Estado de Direito Democrático.
Não sendo um político cidadão (aquele que se compromete em primeiro lugar com o seu partido político) considero-me um cidadão político, ou seja, aquele cujo primeiro compromisso é com o país, a Guiné-Bissau, que é e será sempre o meu Partido!
GN - Como tem acompanhado a situação da Guiné-Bissau?
FC - Tenho acompanhado a situação da nossa Guiné-Bissau através da Internet, pelas redes sociais, sites, blogues, jornais, rádios e televisões.
No Facebook tem havido uma maior interactividade dos guineenses na promoção de debates sobre a crise política, o que ajuda a perceber até que ponto esta crise dividiu os guineenses, mas também na partilha de informações/notícias sobre o país numa vertente multidisciplinar.
GN - Como se define como cidadão guineense, como homem?
FC - Costumo dizer que sou um homem simples, que vive de coisas simples, num universo de pessoas e de coisas simples.
A humildade caracteriza a minha forma de ser e de estar na vida perante os humanos.
Sou trabalhador, honesto e de trato puro. Gosto de aprender e de partilhar o que me foi ensinado.
Sou um humanista que respeita e faz tudo para ajudar a preservar a Natureza; Prezo a vida humana e faço tudo em defesa dos Direitos Humanos, bem como, para ajudar a promover uma relação de fraternidade e solidariedade entre os humanos;
Prezo a vida animal e tento fazer tudo em defesa dos Direitos dos Animais;
Sou cidadão guineense, mas acima de tudo, sou um ser humano, pertença da Humanidade.
Enquanto guineense, quero para mim a Guiné-Bissau que desejo para todos os meus irmãos guineenses e enquanto ser humano, quero para mim a Humanidade que desejo para todos os meus irmãos humanos!
GN - Quando se fala das crises políticas recorrentes no seu país que impressão é que isso lhe causa?
FC - Dor, tristeza, revolta, desespero, frustração, preocupações constantes face a uma imprevisibilidade que nos é característica, que me desgastam sobremaneira mas, ao mesmo tempo, com esperança em dias melhores, tendo em conta que continuamos a trilhar um percurso de aprendizagem, volvidos 43 anos de independência, que em abono da verdade, se traduz em apenas 25 anos de um percurso democrático desde que em 1991 se instaurou o Multipartidarismo no nosso país.
Podíamos ter feito mais e melhor se na verdade fôssemos bons alunos, mas infelizmente, não temos sido e por via disso, não conseguimos evitar todo um percurso espinhoso de um processo de aprendizagem de uma democracia assente num Estado de Direito capaz de garantir a sua irreversibilidade, quiçá, a sua consolidação.
GN - Na sua opinião acha que há solução para esse status quo?
FC - Havemos de lá chegar e por conseguinte, a um patamar de estabilidade política e governativa que nos permitirá estar melhor preparados do que alguns países da nossa sub-região no tocante a disputas políticas e jurídicas, assentes na legalidade democrática e com fundamento no Estado de Direito, graças infelizmente, a tudo quanto estamos a passar presentemente, bem como a tudo que passamos num passado recente e que podemos considerar como sendo erros premeditados nalguns casos, ou inconscientes noutros, que fazem parte de todo e qualquer percurso de aprendizagem.
Provavelmente estamos a esgotar as nossas margens/reservas de erro, pois a Sociedade quando começa a despertar, de tanto ser prejudicada, no nosso caso, consegue evoluir mais depressa do que os políticos e os governantes, contribuindo na fiscalização e reivindicação da acção política e governativa, o que é uma “afronta” para o dirigismo representativo do poder que, face à consciencialização da Sociedade, perde a margem de manobra na manipulação de consciências, com a consequente divisão da Sociedade.
Estamos muito divididos, aliás, como nunca estivemos, mas desta divisão resgataremos a nossa Unidade, enquanto Povo, à medida que formos evoluindo, comprometendo-nos com o país em primeiro lugar e não com os partidos políticos e seus dirigentes.
GN - No início dos anos 2000 deu vida ao Projecto Contributo. É pessoal ou conta com a participação de outra pessoa ou instituição?
FC - O Projecto Guiné-Bissau CONTRIBUTO é na verdade um Projecto pessoal. Foi fundado por mim em 10.05.2003 motivado pelo “desaparecimento” da Guiné-Bissau como Estado, durante a presidência do ex-Presidente da República, Dr. Kumba Yalá.
Nunca teve nenhum apoio, seja qual for a perspectiva de abordagem, directo ou indirecto, de nenhuma entidade pública ou privada.
Teve sim, a participação de todos os seus colaboradores na sua afirmação e expansão pelo mundo.
Foi o mecanismo de mudança que criei para dar o meu contributo ao país, convicto de que conseguiria mobilizar outros guineenses e também amigos da Guiné-Bissau a fazerem parte do Projecto, dando eles também os seus contributos ao nosso país, o que veio a acontecer, ajudando a despertar consciências e a promover a cultura da cidadania política, da reflexão e do debate de ideias na Guiné-Bissau e entre os guineenses e amigos da Guiné-Bissau um pouco por todo o mundo.
GN - Pelas opiniões que emite o Senhor é admirado por muita gente mas, inversamente, é detestado tanto quanto é apreciado. O que tem a dizer a este respeito?
FC - Tenho que admitir que é verdade e a razão principal prende-se com o facto de ainda estarmos a trilhar o tal percurso espinhoso do nosso processo democrático.
Quanto mais evoluída for a Sociedade, mais valorizada é a sua massa crítica. Nós iniciamos em 2003 um processo de consciencialização, de mudança de mentalidades, de promoção do exercício reflexivo, de partilha de ideias e opiniões, promovendo debates sobre assuntos complexos e delicados relacionados com várias áreas do dirigismo político e governativo do país, que mais ninguém fez.
Num país onde a Sociedade chega a ser cúmplice das ditaduras e de todo um “Sistema” lesivo ao Interesse Nacional, por conveniência, face aos interesses instalados, obviamente não é fácil alguém que se propõe trabalhar para despertar consciências, e que assume a Verdade, a Justiça e a Transparência, como princípios que o norteiam, assim como o respeito escrupuloso da Constituição e das Leis da República, ser amado por uns e não ser odiado por outros.
São muitos anos de conluio, diria de uma partidarização do Estado e da Sociedade, em benefício duns e doutros, que quando o nosso Projecto apareceu, deu-se conta do seu potencial e o que seria capaz de conseguir ao longo dos anos, preparando, formando, educando, uma nova consciência nacional capaz de se libertar da demagogia, da manipulação e do populismo dos políticos e dos governantes da Guiné-Bissau.
Compreendo que uns, que pensam e agem em liberdade, não dependendo de benefícios de actores políticos e de governação, estarão do lado da Guiné-Bissau e serão intransigentes na defesa do Interesse Nacional, tal como eu sou. Certamente serei amado por eles.
Também compreendo que outros, que não pensam nem agem em liberdade, porquanto dependerem de benefícios de políticos e governantes no dirigismo nacional, estarão sempre dispostos a defender os seus interesses em detrimento do Interesse Nacional e não olham a meios para transformar qualquer defensor do Interesse Nacional como inimigo dos seus interesses.
É assim que vejo uns e outros através dos seus posicionamentos relativamente ao meu trabalho sobre a Guiné-Bissau.
GN - Há 16 meses a Guiné-Bissau vive uma crise política sem precedentes. Qual tem sido a sua intervenção enquanto “fazedor de opinião”?
FC - Desde a primeira hora, a minha postura tem sido de responsabilidade, de imparcialidade e coerência, no intuito de fazer levantamentos, recolhas de informações e dados minuciosos sobre as disputas nas suas diversas fases, para tentar ajudar os meus leitores a perceberem a crise numa perspectiva política, mas também jurídica.
Também fiz sempre questão de insistir na promoção do diálogo e da tolerância entre as partes, no sentido de se harmonizarem, ultrapassando a crise e viabilizando o país.
Apresentei diversas propostas de resolução dirigidas a todas as partes envolvidas, tendo em conta as diversas fases da crise.
Cheguei a partilhar em Fevereiro deste ano uma publicação contendo 224 páginas das minhas intervenções até aí registadas sobre a crise política.
Presentemente tenho mais de 600 páginas de textos escritos sobre as diversas fases da crise, que serão publicados em livro, oportunamente, como manual de consulta do nosso espinhoso percurso de aprendizagem do processo democrático num Estado de Direito Democrático como o nosso, quiçá, face à nossa realidade concreta.
GN - Consta que chegou de sofrer ameaças à sua integridade física e a da sua família. É verdade?
FC – Sim, é verdade!
GN - Como enfrentou essa situação?
FC - As primeiras ameaças foram dirigidas à minha pessoa apenas e eram constantes ameaças de morte, no período em que o ex-Presidente João Bernardo “Nino” Vieira regressou à Guiné-Bissau depois do seu exílio em Portugal, quer durante o processo da sua candidatura presidencial, quer depois da sua confirmação como vencedor das eleições Presidenciais de 2005.
Só deixei de receber ameaças de morte depois do assassinato do ex-Presidente João Bernardo “Nino” Vieira.
Levei sempre em consideração todas as ameaças de morte, por isso, fiz questão de fazer uma exposição por escrito dirigida às autoridades portuguesas, com conhecimento do Primeiro-ministro de então e do seu Ministro da Administração Interna, e desde essa altura passei a ser apoiado numa perspectiva preventiva.
Voltei a ser ameaçado de morte e desta vez a minha família também, recentemente, através de um blogue, por causa dos emails pirateados ao ex-Primeiro-ministro Eng.º Domingos Simões Pereira.
Voltei a contactar as autoridades portuguesas expondo a situação, como seria natural.
Infelizmente, uns e outros escondem-se no anonimato ou através de pseudónimos para me ameaçarem de morte, bem como à minha família e fazem-no, em nome de figuras públicas, como no caso concreto, em nome do Eng.º Domingos Simões Pereira sem que ele fosse capaz, até hoje de se desmarcar dessas ameaças de morte, dizendo apenas e só: não tenho nada a ver com o assunto. Nunca disse nada e tem conhecimento do assunto, porquanto lhe ter dirigido uma carta aberta nesse sentido!
GN - Isso não o intimidou?
FC - Não!
Um combatente está preparado para tudo e desde que assumi o meu compromisso para com a Guiné-Bissau passei a estar preparado para todas as eventualidades e adversidades da vida.
Houve um tempo em que a minha família mesmo não se pronunciando, deixava transparecer muita preocupação, o que se compreende, contudo, nunca me foi pedido para deixar de escrever sobre a Guiné-Bissau, com medo das ameaças de morte.
GN - Os cidadãos do país estão divididos entre os contendores. É “Dominguista” ou “Jomavista”?
FC - Nem “Dominguista” nem “Jomavista”!
Ao longo do meu percurso de cidadão político comprometido com a Guiné-Bissau, meu Partido, já assisti a várias disputas de poder na Guiné-Bissau, designadas de crise política, entre diversos actores políticos e até militares. Nunca tomei partido por ninguém, pois todos têm sido culpados pela fomentação das disputas e os consequentes prejuízos para o país e para as nossas populações.
É de lamentar que para certos guineenses, só haja duas opções face à actual disputa de poder, designada crise política: Ou és a favor do Domingos Simões Pereira e consequentemente contra José Mário Vaz, ou és a favor de José Mário Vaz e contra Domingos Simões Pereira.
Que absurdo!
Não se pode estar apenas e só a favor da Guiné-Bissau, da Verdade, da Democracia, do Estado de Direito, da Constituição e das Leis da República?
Claro que sim e não são poucos, que olhando para a actual crise, estão fartos quer duma quer doutra parte promotoras da crise e do bloqueio do país!
GN - Que leitura faz da crise vigente?
FC - A denominada crise política na Guiné-Bissau, que não passa de uma disputa de poder de grupos antagónicos face aos (seus) interesses instalados, não podia ser mais demonstrativa de quão frágeis, para não dizer inexistentes na prática, são as nossas instituições, na representatividade e funcionalidade do Estado.
Temos um Presidente da República que é o único órgão de soberania unipessoal, que detém poderes que podemos até concluir que são demasiados para um sistema político semi-presidencialista de pendor parlamentar e não presidencial face às suas competências constitucionais que, contudo, não é culpado desses poderes e dessas competências constitucionais, porquanto “herdá-los”, mas que não é capaz de usar os instrumentos constitucionais, quiçá, elencados nas suas competências, para resolver uma grave, cada vez mais grave, crise política e institucional.
Compreendemos até uma determinada fase da crise a necessidade de se tentar, por tudo, a via do diálogo para se ultrapassar a crise, o que até hoje não teve sucesso, nem mesmo quando de uma hipotética solução política no seio do Parlamento se passou para uma disputa judicial, e da solução judicial se voltou para as mediações no país com interlocutores da sub-região, que passaram depois para mediações no exterior…
Tudo sem que o Chefe do Estado decida pôr fim à crise usando os instrumentos legais e constitucionais à sua disposição.
Só podemos concluir que a crise está a servir os interesses das partes envolvidas e a prejudicar o Interesse Nacional e das nossas populações em particular.
GN - Na sua opinião quem tem razão?
FC - Ninguém tem razão, ou seja, são todos culpados!
Todos cometeram violações à Constituição e às Leis da República e os pedidos de Fiscalização da Constitucionalidade tiveram as devidas respostas do Supremo Tribunal de Justiça, concorde-se ou não, que nos permitem concluir sobre essas violações, com a agravante até de não se acatar as decisões dos Tribunais.
Quando todos continuam a disputar o poder que está em jogo, ignorando por completo que o poder político e governativo emana directa ou indirectamente do povo, que merece respeito dos actores políticos e de governação, então, como dizer quem tem razão ou não, se nenhuma das partes tem interesse em desbloquear a crise e viabilizar o país?
Quem tem razão se todos eles têm apenas e só, prejudicado o país e o povo?
GN - Aponta alguma saída plausível para a crise?
FC - Uma crise tão longa, que permitiu acusações e confrontações verbais indecentes e inadmissíveis entre representantes dos órgãos de soberania, mas também entre actores político-partidários, contribuiu para a perda total de confiança que seria capaz de ajudar a resgatar uma coabitação harmoniosa e sustentável entre todas as partes da crise, numa relação de interdependência que se impõe aos órgãos de soberania concretamente.
Também temos que saber reconhecer que nesta fase da crise, nenhum diálogo será capaz de desbloquear o Parlamento e de disputa em disputa, sem que o Presidente da República decida pela dissolução da Assembleia Nacional Popular, não tarda o Governo que foi empossado recentemente será considerado ilegal por não conseguir apresentar e fazer passar o seu Programa e o Orçamento de Estado no Parlamento.
O certo é que a dissolução da Assembleia Nacional Popular também não satisfará as pretensões de uma das partes da crise, caso as eleições não forem realizadas num prazo legal.
O certo é que havendo dissolução da Assembleia Nacional Popular, será o actual governo recentemente empossado, a fazer a gestão governativa até à realização de novas eleições, para quando, essa é a questão que fica no ar.
NOTAS BIOGRÁFICAS
Fernando Jorge Gomes da Fonseca Casimiro, “Didinho”, concedeu uma entrevista exclusiva a Gazeta de Notícias em que aborda as diversas facetas da actualidade guineense.
Radicado em Portugal desde 1988, autor de vários artigos de opinião, “Didinho” define-se como “Humanista, pensador, escritor, poeta, fotógrafo, activista social, analista e cidadão político, assim é a abrangência multifacetada de um homem simples e apaixonado pela Vida”.
Nasceu em Bissau, República da Guiné-Bissau, em 15 de Agosto de 1961 onde fez os seus estudos primários e secundários. Desportista polivalente, foi professor de Judo, tendo participado nalgumas manifestações nacionais e internacionais da modalidade.
Em Novembro de 1981, deixou Bissau, rumo a Angola, onde veio a ingressar na marinha mercante grega, tendo em 1984 atingido o posto de Oficial Maquinista Naval.
Viajou um pouco por todo o Mundo, registando um histórico de 70 países visitados. Após deixar a marinha mercante em 1988, fixou residência em Portugal, onde trabalhou na área de Manutenção Industrial e Metalomecânica até Maio de 2015.
Empenhado no desenvolvimento e promoção do seu país, criou em 2003 o Projecto “Guiné-Bissau: Contributo” com o objectivo de sensibilizar a opinião nacional e internacional para os problemas da Guiné-Bissau e de contribuir para a busca de soluções para os mesmos.
É estudante do curso de licenciatura em Ciências Sociais, tendo a Ciência Política e a Administração Pública como áreas de especialização.
É Consultor para assuntos Políticos, Comunicação e Informação.
Autor de vários artigos, nomeadamente sobre a Guiné-Bissau, colabora com diversos órgãos de informação.
Humanista, pensador, escritor, poeta, fotógrafo, activista social, analista e cidadão político, assim é a abrangência multifacetada de um homem simples e apaixonado pela Vida.
Em Agosto de 2016 lançou os Volumes I e II da sua Obra literária intitulada “O MEU PARTIDO É A GUINÉ-BISSAU – COLECTÂNEA DE TEXTOS EDITORIAIS”, para em Outubro também de 2016 lançar o Volume III da mesma Obra literária.
Presentemente está a trabalhar em mais 3 livros que deverão ser publicados ao longo de 2017.