Em declarações aos jornalistas à saída da audiência com o Presidente José Mário Vaz, o diplomata afirmou que o seu país se revê na posição da Comunidade Económica de Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) e particularmente a do Presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, para a saída da crise na Guiné-Bissau.
Na qualidade de mediador da CEDEAO na crise política que divide os líderes guineenses há cerca de dois anos, Alpha Condé negociou um acordo segundo o qual o primeiro-ministro teria que ser uma figura de consenso e de confiança do chefe do Estado, José Mário Vaz.
Quatro de cinco partidos com representação parlamentar não integram o Governo, entretanto, investido pelo Presidente guineense, por não concordarem com o nome de Umaro Sissoco Embaló, proposto para o cargo.
Na sua ultima cimeira de chefes de Estado e de Governos, realizada na Nigéria, a 18 de dezembro, a CEDEAO instou o Presidente guineense a cumprir e fazer respeitar o Acordo de Conacri, que a organização diz ser o instrumento capaz de fazer a Guiné-Bissau sair da crise política.
O embaixador francês afirmou que o seu país apoia a posição da CEDEAO por estar de acordo com a do Conselho de Segurança das Nações Unidas e da União Africana.
Em relação à cooperação bilateral com a Guiné-Bissau, o embaixador francês prometeu a continuidade dos apoios do seu país nomeadamente no âmbito de projetos de desenvolvimento europeu e do Fundo Mundial de Luta contra SIDA.
O diplomata acrescentou ainda que a França irá manter os programas do ensino e expansão da língua francesa na Guiné-Bissau.
Jean Louis Joel disse ter aproveitado também a audiência com o líder guineense para transmitir a preocupação do seu Governo em relação à situação política na Gambia, onde o Presidente cessante, Yahya Jammeh, recusa-se a abandonar o poder de depois de perder as eleições.
Fonte : Lusa, em http://www.abola.pt