De recordar que os Nazis que cometeram crimes há mais de 70 anos, continuam a ser perseguidos e levados a julgamento. Porque é que o ocidente não perdoou e se reconciliou com esses Nazis? Não se pode falar de reconciliação sem que se faça a justiça, ou seja, uma verdadeira reconciliação faz-se com a justiça. Há um provérbio que diz o seguinte: o criminoso sempre volta ao local do crime, portanto o regresso dos criminosos exilados ao local do crime, deve ser aproveitado para fazer o que não foi feito antes do exilio dos mesmos, não se pode cometer crimes de sangue e crimes económicos e continuar a passear impunemente, a impunidade tem de acabar.
Bissau, 11 Abr 17 (ANG) – O Presidente da Liga Guineense dos Diretos Humanos(LGDH) defendeu hoje a necessidade de haver uma reconciliação séria para a saída da atual crise que se vive no país.
Augusto Mário da Silva que falava à imprensa após o encontro mantido com o movimento “Nô Riba Cassa” disse que existem vontade, interesse e disponibilidade por parte das autoridades competentes mas que só falta condições de segurança para o regresso dos políticos exilados.
Defendeu que deve haver um espaço de concertação social para buscar soluções dos problemas existentes, para que os culapados assumam as suas culpas e os lesados tenham a capacidade de perdoar.
Adiantou que o Estado, como entidade legislador deve ter o sentido de justiça, para compensar as vítimas de intervenções abusivas e ilegais.
Segundo o Presidente da LGDH, os guineenses que neste momento se encontram na diáspora estão com medo de regressar o país, devido a uma eventual perseguição à sua integridade física ou as suas vidas podem correr riscos.
Esclareceu que a maioria dos dirigentes em função conhecem o impacto da exílio político e espera que os mesmos não sejam obstáculos ao regresso de outrem e que reconheçam a solidariedade demostrada pelo povo no momento que eles também almejavam voltar a Guiné-Bissau.
Augusto Mário da Silva disse que o lugar ideal para um cidadão viver é no seu país, frisando que os que saíram ou abandonaram a Guiné-Bissau em circunstâncias políticas merecem solidariedade de todos para regressarem com tranquilidade.
“A LGDH apoia a solicitação do movimento “ Nô Riba Cassa” . É um sinal forte para a comunidade nacional e internacional, e demonstra os laços de solidariedade e confiança entre os guineenses,” afiançou.
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