UMARU CISSOKO "CIRAGE"
Acredite, tudo isto é um paradoxo. Será que eles ainda
não compreenderam que a Guiné-Bissau está anos-luz dos tempos da monarquia e a
viver num Estado laico? Esses governantes são de que planeta? O
Primeito-ministro (e génio?) Umaru Cissoko Embaló, que diz ter tirado, na média,
quatro cursos por ano, não percebe tudo isto?
Ora, o Presidente da República, que por uma questão de
educação e respeito tivemos que poupar durante muito tempo, na sua Presidência
Aberta em Gabú pediu aos habitantes daquela região para que o ajudassem na
manutenção do actual Primeiro-ministro no poder. A pergunta que ficou no ar é:
porque lançar um apelo deste, se Ele nunca precisou de o fazer para outros
chefes de Governo, por ele, destituídos? A resposta é o que o povo fala em boca
pequena. Cissoko também insinuou isso, quando disse que não seria exonerado e
que era o último Primeiro-ministro de JOMAV. Nas ruas de Bissau ninguém pode
convencer o povo de que Cissoko não comprou aquele posto.
É verdade que a especulação choca com a imagem de rigor
nas contas públicas que o Presidente JOMAV apregoa. Ele não cansa em dizer
“dinheiro público para o Tesouro Público”. Por exemplo, em Janeiro, durante o
CAN, fez um discurso avisando que ele próprio seguia os rastos do dinheiro que
havia doado a Federação de Futebol, etc..
Caros leitores do Blog bambaramdipadida, repito, não
podemos ser confundidos com os apoiantes dos DSP. Mas, os factos devem ser
descritos tal como eles são na realidade. Os erros sucessivos de JOMAV fizeram
com que o DSP se capitalizasse politicamente. Um dos erros fatais do Presidente
JOMAV, foi o facto de ter escolhido para Primeiro-ministro, este cego.
Há pouco tempo atrás, o Senhor Primeiro-ministro, na
tentativa de explicação do Acordo de Conacri, insurgiu-se contra o Presidente Alpha
Condé. Discursos atrás de discursos, mas nunca acerta uma. Cissoko, no alto do
palanque, juntou, há dias, os Imames em Bairro de Bissak para lhes dizer que os
guineenses o contestam porque ele é filho de muçulmano. Santa ignorância! Disse
ainda que “os muçulmanos são culpados porque aceitam ser usados para outras
pessoas atingirem os seus objectivos e por isso são menosprezados na sociedade
guineense”. É incrível, quando ia para aquele posto, não se falou da religião.
Agora para sair vai busca apoio na religião Islâmica.
Não acredito que a pretensão de Cissoko fosse atiçar o
fogo, ou provocar djiad (guerra santa) na Guiné-Bissau. Para mim é o desespero
de um homem incompetente e arrogante. O senhor se aculturou aonde, em Bagdad ou
em Damasco? É fácil repara que a troco de dinheiro anda a publicitar o Islão
fundamentalista no nosso país.
O dito-cujo é um burro aborrecido e não entende que quem
usou e espezinhou aqueles que ele chama de muçulmanos foram os tugas? Ou será
que quer que lhe recordemos a história de que o grosso da população dita
islamizada havia resignado em participar na luta pela independência deste nosso
chão sagrado, alegadamente por pertença a um certo estirpe social aristocrática
(povo de Alá), por isso não se podia misturar-se com os negros e impuros?
Tenha muito cuidado, senhor burro aborrecido Cissoko, nós
estamos a “localizá-lo”. A sua mentalidade tacanha e a dos seus mentores não
encaixam nem no PAIGC e muito menos na nossa terra.
Oh, senhor General trânsfuga, nós temos conhecimento da
sua estratégia. O senhor sempre foi um dos instigadores da rebelião na nossa
terra, à distancia, enquanto residente em Dakar. Sabia que com a sua nomeação ao cargo de
Primeiro-ministro, acabou-se de se entregar? Bandido! Quando chegar o dia, o
Senhor General trânsfuga não irá a tempo de fugir no seu avião privado,
permanentemente, parqueado no aeroporto Osvaldo Vieira.
Ao Senhor Presidente JOMAV, sabemos que se arrependeu mas
já não tem retorno. O mal está feito, terá que cair juntamente com o seu
Primeiro-ministro. Por outro lado, o Senhor, com o seu pendor claramente
presidencialista, informo-lhe que discursos bonitos não enchem a barriga do
povo. O Senhor pode continuar com discursos de Sorbone, mas contas feitas, o
resultado do seu mandato será zero. Sim, zero, porque o seu “presidencialismo”
forçado, não é palpável, tem obra feita, em parte algum do território nacional.