"Encontrar iogurtes nos frigoríficos de sua casa levaria mais tempo", escreve jornalista do El País.
O jornal espanhol El País não poupa as críticas a Portugal num artigo sobre o roubo de material militar dos Paióis Nacionais de Tancos, na quarta-feira.
Num artigo publicado na versão online do jornal esta terça-feira e assinado por um correspondente por terras lusas, Javier Martín, o jornal ridiculariza a noção de que Portugal é um país pacífico, "tão pacífico que, há uma semana, uns estranhos foram à base militar de Tancos e trouxeram armas no carro sem que ninguém os impedisse".
"Levavam uma lista de compras em que tudo era grátis. Carregaram à mão caixas pesadas, andando para a frente e para trás 500 metros e saíram da mesma forma como chegaram, sem um tiro ou um ai".
Num artigo publicado na versão online do jornal esta terça-feira e assinado por um correspondente por terras lusas, Javier Martín, o jornal ridiculariza a noção de que Portugal é um país pacífico, "tão pacífico que, há uma semana, uns estranhos foram à base militar de Tancos e trouxeram armas no carro sem que ninguém os impedisse".
"Levavam uma lista de compras em que tudo era grátis. Carregaram à mão caixas pesadas, andando para a frente e para trás 500 metros e saíram da mesma forma como chegaram, sem um tiro ou um ai".
"Encontrar iogurtes nos frigoríficos de sua casa levaria, seguramente, mais tempo", diz o jornalista, que relata o que terão feito os ladrões. "Chegaram num camião, romperam a vedação e foram aos paióis que tinham o material que necessitavam, deixando tudo o resto", garante Javier.
Também o comportamento dos militares é criticado, com o jornal a dizer que estes "vão rezando para que ninguém os ataque, porque só se podem defender de garotos", numa alusão ao facto das vigias serem feitas há décadas "com os carregadores de munições selados", tudo "para evitar incidentes".
As críticas não se ficam por aqui. Javier aborda, no seu artigo, o facto do "sistema de videovigilância de Tancos" estar "avariado há cinco anos", bem como o facto dos sensores de movimento também não funcionarem. "As vedações podem ser cortadas com uma tesoura e as 25 torres de vigilância estão de tal forma em perigo de colapso que nenhum militar arrisca a vida para entrar nelas", é dito.
Também o comportamento dos militares é criticado, com o jornal a dizer que estes "vão rezando para que ninguém os ataque, porque só se podem defender de garotos", numa alusão ao facto das vigias serem feitas há décadas "com os carregadores de munições selados", tudo "para evitar incidentes".
As críticas não se ficam por aqui. Javier aborda, no seu artigo, o facto do "sistema de videovigilância de Tancos" estar "avariado há cinco anos", bem como o facto dos sensores de movimento também não funcionarem. "As vedações podem ser cortadas com uma tesoura e as 25 torres de vigilância estão de tal forma em perigo de colapso que nenhum militar arrisca a vida para entrar nelas", é dito.
"Se depois de conhecer o Exército que toma conta de Tancos, o Índice Global de Paz para 2018 não der o primeiro prémio a Portugal, será uma enorme injustiça", remata o artigo.
Fonte: cm