quarta-feira, 27 de setembro de 2017

DIPLOMATA ACREDITA QUE A GUINÉ-BISSAU “É UM PAÍS VIÁVEL”

O novo embaixador dos Estados Unidos da América para a Guiné-Bissau, com residência em Dakar, Senegal, diz acreditar que o país ainda é viável. Em conferência de imprensa realizada esta terça-feira, 26 de Setembro de 2017, Tulinabo Mushingui afirma que a Guiné-Bissau é um país com enormes potencialidades que devem ser aproveitadas a favor do interesse dos guineenses e dos Estados Unidos da América.

Na agricultura, por exemplo, Tulinabo Mushingui fala de um potencial enorme que pode beneficiar muito aos guineenses, por isso o seu país vai ver mecanismos e poder trabalhar com a Guiné-Bissau nesse setor.

Para Tulinabo Mushingui, a solução para a crise política guineense deve ser encontrada pelos guineenses, através de diálogo entre as partes protagonistas da crise.


“Nesta minha vasta agenda tive, ainda, a oportunidade de abordar questões relacionadas com o futuro da Guiné-Bissau com jovens empresários, líderes da sociedade civil e administradores públicos que participaram num programa financiado pelos Estados Unidos da América com objetivo de formar futuros líderes africanos”, refere, soblinhando que a sua interação com os guineenses de diferentes áreas de atuação, enriqueceu, profundamente, o seu conhecimento sobre o país e o seu povo.

Não esconde, no entanto, a sua esperança em relação à Guiné-Bissau, porque no seu entendimento os contatos que manteve com essas figuras demostraram, de forma clara, “os enormes potenciais do país”.

O embaixador Tulinabo Mushingui revela, contudo, que os Estados Unidos da América estão a aumentar a sua presença na Guiné-Bissau e nos próximos tempos vão deslocar para Bissau um oficial económico e comercial para analisar as oportunidades económicas e descobrir em que áreas os dois países podem e devem trabalhar juntos, onde as companhias americanas podem investir ou como as companhias locais, ou seja, nacionais (guineenses) podem penetrar no mercado americano.

O diplomata diz também que o seu país está interessado em trabalhar com o único porto de exportação para poder impulsionar a economia, alargar os seus planos à agricultura e trabalhar em matérias de doenças infeciosas através do gabinete do Centro de Controlo e prevenção das doenças.

Outras áreas mencionadas por Tulinabo Mushingui têm a ver com a defesa americana, que diz pretende investir na Guiné-Bissau e desenvolver programas ligados à diplomacia pública. Quanto à castanha de caju, produto de maior exportação do país, Tulinabo Mushingui revela que os Estados Unidos da América estão a investir cerca de 16 biliões de Francos cfa para o processamento do produto em três países da sub-região nomeadamente, Guiné-Bissau, Senegal e  Gambia.

Em relação ao acordo de Conacri, o diplomata norte-americano avança que o seu país já teve uma posição clara sobre o assunto e que o importante neste momento seria os próprios guineenses a encontrarem uma solução, da qual todos devem concordar.


Por: Filomeno Sambú