O presidente da República afirmou esta quarta-feira, 13 de setembro de 2017, que a revisão da Constituição da República é da Competência exclusiva do povo e dos políticos da Guiné-Bissau.
Em reação às declarações do Presidente da Costa do Marfim, no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira de Bissau, de regresso ao país, depois de uma visita de 48 horas que o levou a Congo Brazzaville, José Mário Vaz diz que o presidente Alassane Ouattara de Costa de Marfim, pode ter razão quando apelou à revisão da Constituição guineense, mas lembra de que a matéria ultrapassa a sua competência.
“A revisão da Constituição cabe ao povo. O Presidente da República mesmo se quisesse não tem poderes nem força nenhuma , portanto é uma matéria da exclusiva competência do povo da Guiné-Bissau”, conclui.
Em relação a possíveis intervenções do Presidente Denis Sassou Nguesso na crise política guineense, o Chefe de Estado revela que talvez a sua intervenção não tenha chegado diretamente aos guineenses, mas de forma invisível tem contribuído em diferentes assuntos para que haja a paz e a estabilidade política na Guiné-Bissau. Diz acreditar que no momento oportuno Denis Sassou Nguesso poderá vir ao país e intervir diretamente nos assuntos do país.
Segundo José Mário Vaz, variadíssimas vezes tem formulado convites à figura que chama “pai de África”.
Quanto à permanência ou não da ECOMIB – Força de Alerta e da Estabilização da CEDEAO na Guiné-Bissau, o Chefe de Estado guineense volta a dizer que não cabe a ele sozinho decidir o assunto e diz que terá que ser mediante uma decisão dos Chefes de Estado da organização, porquanto tratar-se de um assunto que, normalmente, é discutido na Conferência de Chefes de Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) na qual qualquer decisão relativa às forças de estabilização ao nível da região é também tomada.
“Antes dessas reuniões há toda uma série de reuniões prévias que se realiza e entre essas reuniões temos a dos Chefes de Estado Maior das Forças Armadas dos respetivos países membros, do Conselho de Ministros e termina com a Conferência de Chefes de Estado da CEDEAO”, explica.
Por: Filomeno Sambú