Muito boa tarde.
Os meus cumprimentos ao Partido da Renovação Social, ao Presidente, aos fundadores, ao Secretário-Geral, aos deputados da atual legislatura, aos demais dirigentes, às Mulheres, Homens e Jovens militantes; e a todas e a todos quantos hoje aqui se fizeram presentes.
Neste ato, dirijo-me a esta Assembleia, em meu nome e de mais de uma centena de guineenses que me acompanham, para apresentar o nosso Manifesto de Adesão ao Partido da Renovação Social.
Estou aqui perante vós porque acredito na Guiné-Bissau. Que tem tudo para dar certo: tem-nos a nós, gente de várias raças e credos, gente bonita e alegre, gente simpática e generosa, gente corajosa e capaz. Temos a nossa terra entrelaçada de rios; temos chuva por demais; temos sol que abrilhanta as nossas almas; temos um chão fértil e generoso; temos uma mata luxuriante de verde; temos muito peixe; e muito, muito mais. Terra farta e saborosa, a nossa!
Permitam-me que me apresente, e ao meu percurso político, antes de convosco partilhar as motivações desta minha adesão, bem como as expectativas que me movem.
Sou jurista de formação. Julgo que essa minha opção ganhou corpo porque desde cedo tomei consciência das graves injustiças a que assistia no dia a dia. Quando via os grandes desprezarem os pequenos, o enriquecimento sem causa em detrimento da sociedade, a ascensão da mediocridade em prejuízo do mérito, os inevitáveis retrocessos em todas as áreas daí decorrentes, tomei a vocação de contribuir para a mudança do estado de coisas, assumi a minha quota parte de responsabilidade. Algo tinha de ser feito. Alguém tinha de o tomar a peito. Não o fiz por direito. Fi-lo por dever. Pela enorme dívida que sinto em relação a esta pátria, pela educação de luxo da qual sei que beneficiei.
No entanto, só comecei a fazer política como reação à guerra que me bateu à porta nesta cidade que me viu nascer e crescer. Posicionei-me contra os invasores estrangeiros, já que não alcançava o porquê dessa guerra, que tantas almas levou sem que as pudéssemos contar, ou tivéssemos tempo para as chorar. Valeu a pena? Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena. Alimentámos sonhos de Justiça com J grande. Esperanças que foram rapidamente traídas, e novamente afogadas em sangue. Os vícios estavam tão entranhados, que a revolução com que sonháramos se tornou em pesadelo, porventura mais doloroso que a rotina passiva com que antes nos tentavam anestesiar. Qual rabo di pumba? Assistimos impotentes ao regresso revanchista dos vencidos, com o seu cortejo de afilhados, sob novas e piores formas, numa mistura explosiva que não tardou em arrebentar-nos na cara. A corrupção galopante era alimentada por novas fontes de rendimento, com o tráfico de drogas a suplantar o de armas, que já antes nos conduzira à guerra.
Entretanto, filiei-me no PUSD, pelos seus ideais social-democratas, com os quais me identifico. Desempenhei vários cargos nesse Partido, que chegou a ser o terceiro maior do espectro político guineense, com dezassete deputados, e a assumir um papel de árbitro, para desempatar o bipartidarismo, que o método de Hondt favorecia na contabilidade eleitoral. Ascendi a Ministra da Justiça num contexto especialmente complicado, e tudo fiz para redignificar o poder judicial, devolvendo-lhe a independência que lhe atribui a letra e o espírito da Constituição, como instrumento privilegiado para o equilíbrio entre os vários poderes, os quais, no entanto, instrumentalizados pelos seus titulares, rapidamente degeneraram numa luta sem quartel pela supremacia absoluta, com os tristes resultados que todos conhecemos: mais intolerância tingida de sangue.
Com uma liderança do país fragilizada e incapaz de colocar um ponto final na violência, as Forças Armadas foram obrigadas a intervir, para rapidamente, sob pressão da Comunidade Internacional, cederem o poder a mais um governo de transição. Decidi que era chegado o momento de lançar a minha candidatura à Presidência do PUSD. Com a ajuda dos militantes mais empenhados, apesar da forte limitação de recursos, fizemos o melhor que pudemos. Os parcos resultados obtidos, foram suficientes para aprender, à própria custa, da impossibilidade manifesta dos pequenos Partidos ascenderem à esfera do poder. Não conseguimos passar a mensagem, perante uma realidade de bipolarização, nem conseguimos eleger qualquer deputado, apesar de significativas votações na Diáspora. A mobilização do voto útil foi mais forte.
Apesar disso, fui convidada para assumir novamente a pasta da Justiça, no governo de inclusão que se seguiu a essas eleições. Aderi de boa fé a essa proposta, mas rapidamente me apercebi que se esperava de mim uma postura simplesmente decorativa. Não me foram proporcionados meios, nem pude participar de quaisquer decisões, incluindo na minha área de competência, apesar do meu empenho. O crescente mal-estar que se seguiu, viria à luz do dia aquando da exoneração de Domingos Simões Pereira por parte da Presidência da República. Fui acusada de ingratidão, entre outros impropérios com que me brindaram.
Foi nesse contexto que, a convite da atual Direção cessante do PRS, iniciei uma aproximação ao vosso Partido, participando nas comemorações do 24.º aniversário, o que me serviu de pretexto para conhecer melhor o historial do Partido. Relendo o meu discurso por essa ocasião, constato que nada mudou e as suas palavras continuam válidas, como se fosse hoje. O PRS é hoje um Partido amadurecido, graças ao esforço da sua liderança, no sentido da contenção do discurso e de uma vontade de pacificação da sociedade. De um Partido de contrapoder, tornou-se um Partido reconhecido internacionalmente. Para mim, são sinais positivos de mudança, que me fazem acreditar na sua capacidade para convencer o eleitorado e vencer as eleições.
O maniqueísmo de uns tantos da nossa sociedade não apreciou a nossa decisão política de aproximação ao PRS. Porque não gostam da independência de espírito, de ideias, não gostam de nenhuma vontade séria e muito menos que se destaque qualquer vocação política idónea. Quem está com eles, é bom, quem está contra eles, é forçosamente mau. A campanha contra mim assumiu então contornos rocambolescos, com uma descarada ingerência nos assuntos internos do PUSD por parte de altos dirigentes do PAIGC que, durante a minha ausência do país, tentaram aliciar membros dos órgãos superiores do Partido para demitirem a sua Presidente.
Este género de golpes baixos a que chegou a política no nosso país, a campanha de insultos de que fui alvo, o bloqueio das instituições da República, o impasse que se gerou após o Acordo de Conacri, cujo teor e mecanismos de implementação tive, aliás, a ocasião de criticar fortemente na altura, desmoralizaram-me um pouco, e por isso, senti a necessidade de me afastar das lides políticas. Em novembro do ano passado anunciei assim publicamente a minha demissão do cargo de Presidente do PUSD. Foi um tempo de paragem, durante o qual recarreguei baterias, repensei a minha postura política.
Compatriotas,
Hoje, é DIA INTERNACIONAL DA PAZ, contudo, quando vejo o mundo cheio de guerras e de misérias e vejo a nós, neste pedaço de terra, a digladiar-nos para estar e nos mantermos no poder, vejo também que, em cidadania, tenho responsabilidades para comigo própria, para com os meus filhos e para com a minha Guiné-Bissau. Com a aproximação do V Congresso do Partido da Renovação Social, fui convidada para aderir a uma nova dinâmica, que se antevia com a recandidatura da atual Direção, apostada numa renovação tranquila. Senti, nessa abordagem, um carinho especial e uma aposta sincera nas minhas valências, que me revigorou a alma. Senti uma vontade genuína de romper com gente desonesta, com arrogantes, dados a grandezas e à ostentação, nepotistas, peritos na hipocrisia e na bajulação, que é preciso afastar da cena política e sancionar nas urnas.
Senti, tanto da parte do Presidente do Partido como do Secretário-Geral, um sopro de esperança. Cada um com as suas valências, senti-os apostados em manter a coesão do Partido em torno de um projeto aglutinador para o futuro. O PRS está hoje bem posicionado, perante o desnorte do seu principal adversário e o cansaço generalizado a que este deu origem junto da população, para protagonizar o volte face do qual a Guiné-Bissau necessita desesperada e inadiavelmente.
Acredito que a Guiné-Bissau pode renascer das cinzas com uma nova mentalidade, se alimentarmos uma visão clara e sustentável para o futuro. Nunca fui de me esquivar a desafios. Se há coisa que me irrita solenemente é ouvir o sempre eterno «Djitu ka tem» acompanhado por um virar as costas aos problemas que nos afligem. O PRS encontra-se num momento crucial para dar resposta ao desafio nacional. Decidi, por isso, aderir ao vosso grande Partido, do qual partilho os valores políticos: a LIBERDADE, a IGUALDADE e a FRATERNIDADE, o respeito pela DIGNIDADE e VIDA HUMANA, com vista à edificação de uma NOVA SOCIEDADE – JUSTA E SOLIDÁRIA. Considero que o convite que me foi endereçado é, por si próprio, significativo da vontade alimentada pela dupla que se candidata à renovação do seu mandato à frente dos destinos do Partido.
Renovadores,
Podem contar comigo! Vamos ser capazes de retirar a Guiné-Bissau da cauda do mundo, em prol da recuperação da nossa dignidade, cá dentro e lá fora.Vamos consagrar esse esforço de abertura do Partido e abrir o caminho para uma maior consistência ideológica, numa perspetiva local e identitária, de adaptação dessa ideologia à urgente renovação social de que carecemos para a mudança. A nossa realidade tem um elevado grau de exigência, pede-nos uma atitude proactiva e passos de gigante. Temos que dar O SALTO. Podem contar connosco para ajudar a pensar, a impulsionar, a conceber uma estrutura sólida que nos permita convencer o eleitorado a apostar no Partido, a aderir a uma dinâmica imparável que deve assentar num diagnóstico sociológico lúcido, no delinear de um coração ideológico suficientemente sólido e consensual, que estejamos dispostos a defender em comum, com a força das nossas convicções.
Não duvido que, se o conseguirmos, a mensagem vai passar e propagar-se pela maioria da população, e o Partido obterá excelentes resultados nas urnas, que lhe permitam sustentar propostas governativas consistentes. O maior dos desafios, consiste em o PRS estar apto a REESTRUTURAR O ESTADO. Saber como tirar o país do atoleiro em que se encontra. Como ‘arrancar’ com uma terra que continua a depender da cooperação, de financiamentos externos e de doações, a quase 100% dos casos, e que até a instabilidade política é paga pela Comunidade Internacional através do financiamento das eleições. Sair do círculo vicioso dos projetos que são sol de pouca dura, dos quais, perniciosamente, a maioria dos guineenses pouco ou nada beneficia. Como parar de ser o eterno pedinte que desperdiça dinheiros e impostos de outros Estados, se endivida à espera do próximo perdão.
Nos Estados desenvolvidos é o Estado que puxa a sociedade. Entre nós, face à degradação das instituições, temos que apostar na nossa RIQUEZA SOCIAL como alavanca para a construção de um Estado digno desse nome. Não vale a pena insistir na lengalenga habitual, é preciso apostar em fórmulas políticas originais, concebidas para a nossa própria realidade, constatada e provada. O caminho é começar a trabalhar com a PRATA DA CASA, que queira, que possa e que saiba pensar, definir estratégias consistentes e sustentáveis a partir da nossa realidade, a partir da realidade da nossa terra.
No interior do país prevalece o tradicional, na confluência entre grupos étnicos e numa invejável interação entre realidades culturais e religiosas diversas. Algo único em espaço geográfico tão exímio! Enquanto que, na capital, Bissau, identificamos uma miscelânea entre o tradicional, o moderno e as influências avulsas que nos chegam dos nossos vizinhos da costa ocidental africana. E, no exterior, fruto de várias levas migratórias, temos uma diáspora sacrificada e potencialmente profissionalizada, composta por muitos filhos da Guiné-Bissau sedentos de retorno.
Defendemos uma REVOLUÇÃO DAS MENTALIDADES que se traduza numa evolução tranquila e sem sobressaltos da nossa terra. Não temos uma cartilha, queremos uma partilha. Uma renovação feita de inovação, fazendo a ponte entre a nossa identidade tradicional e uma modernidade que teima em acenar-nos de longe, sem que nunca a consigamos alcançar. Sim, é possível conciliar estes objetivos, com criatividade, com empenho e com dedicação. Naturalmente, temos uma tarefa titânica pela frente. O pontapé de saída tem de incidir no reajuste da nossa identidade, do sentimento de pertença nacional e de cidadania. O ponto de partida deve ser a convergência entre as nossas raízes culturais e a mundividência que lhe subjaz. Pois, para a Guiné-Bissau crescer, nós, guineenses, temos também de crescer.
Compatriotas,
Relativamente ao desenvolvimento, estamos fartos de diagnósticos, de projetos e programas, sem que se notem quaisquer mudanças no panorama neurótico que há tanto tempo nos oprime. Estamos em vésperas de uma OPORTUNIDADE ÚNICA, desta feita, para o Partido da Renovação Social ir às urnas buscar a legitimidade e tomar as rédeas do Estado, preparando-o para as REFORMAS ESTRUTURAIS que é imperativo implementar.
Na nossa maneira de ver as coisas, reestruturar o Estado passa por projetá-lo para um novo patamar, alinhando pelas melhores práticas e os legítimos anseios do nosso povo. Doravante, a nossa fasquia não poderá resumir-se, como até aqui tem sido, a pagar atempadamente os salários, por sinal de miséria. A nossa ambição não deve saciar-se de esmolas, nem o Estado vergar-se, como eterno pedinte, perante os diversos grupos de interesse que o mantêm refém.
Quer-me parecer que, se escolhermos criteriosamente as pessoas que mais merecem dirigir o nosso país, saberemos usar razoavelmente e dar valor àquilo que temos!
Sendo que, é mais do que evidente que qualquer política de desenvolvimento do nosso país, deve ser elaborada com base nos NOSSOS RECURSOS HUMANOS E FINANCEIROS. Por os pés na terra e apostar estrategicamente na agricultura, que emprega a esmagadora maioria da população ativa (parece-me essa a mensagem que os fundadores quiseram transmitir com a escolha das espigas na bandeira do Partido). Mas apostar também na pequena indústria agroalimentar; no ecoturismo, que não carecem de grandes investimentos. Concentremos os recursos que pudermos acumular numa racionalização das infraestruturas, como estradas, fornecimento de energia, desassoreamento dos nossos rios como estímulo do transporte fluvial. Só assim poderemos começar a tirar proveito da nossa integração regional.
Mas para isso precisamos inexoravelmente de SERENAR O PAÍS, DEVOLVENDO-LHE AS SUAS INSTITUIÇÕES. Refiro-me à Assembleia Nacional Popular, ao sector da Justiça, da Defesa e Segurança, da Administração Pública e do poder local. É perentório rever e reformular a Constituição da República, a lei eleitoral, a lei dos partidos políticos, entre outras. A simples FORMA não é tudo, todos sabemos que não basta a letra das leis. Mas é preciso recomeçar por algum lado. O esforço seguinte será de lhes emprestar SUBSTÂNCIA, que o espírito das leis não seja sistematicamente subvertido, por gente sem escrúpulos, guiada apenas por mesquinhos interesses conjunturais.
Amigos Renovadores,
Estamos certos de que, se soubermos fazer uso das oportunidades, se aproveitarmos com pragmatismo a dinâmica social existente, vamos conseguir renovar. Basta que as coisas comecem a funcionar. O mínimo que possamos fazer vai certamente dar resultados, vai dar frutos e vai haver retorno. Depois de acionar o motor de arranque, a máquina vai certamente embalar.
Muitos do PUSD, com o meu conhecimento e aval, em 11 de março passado, aderiram ao PRS. Hoje, voltamos a aderir em grupo, homens e mulheres, e um grupo significativo de jovens de outras filiações partidárias, ou sem ela. Vimos também em opção própria, individual e de consciência, apostando na abertura do Partido à renovação das suas idiossincrasias e na nossa mais valia junto do PRS. Regozijo-me com a motivação e, na parte que me cabe, para os que se juntam em apreço à minha recomendação, agradeço-lhes pela confiança. Estamos juntos!
Para que, com um trabalho partidário solidário e coeso, em diálogo permanente, na crítica e autocrítica construtiva, possamos conjuntamente reforçar a dinamização em curso no PRS, preparando-nos para vencer o desafio da promoção do INTERESSE NACIONAL e da CREDIBILIDADE GOVERNATIVA.
Minhas Irmãs do PRS,
Neste ato, não poderia deixar de me dirigir a vós. Para me congratular com a vossa presença, sabendo o quanto é difícil à mulher guineense enveredar pela política, onde é normalmente usada na mobilização e, às vezes, como floreado do poder politico, apenas para mostrar que foram cumpridas envergonhadamente quotas mínimas. Quando, não nos faltam leis e mecanismos de promoção da igualdade de género, tanto ao nível nacional, sub-regional, continental, como internacional.
Temos que ser tidas e achadas na esfera de decisões. Porque a mulher guineense tem uma larga experiência, quando se trata de servir, quer no âmbito familiar, como no comunitário. A mulher guineense, principal vítima da instabilidade política crónica, é condescendente, permissiva e até sofredora, por vezes; é contra a violência e não é corrupta; é boa profissional, lutadora, decidida e voluntariosa. Todas estas são qualidades que gostaríamos de valorizar na política.
O desafio não são lugares nem são quotas para as mulheres. O verdadeiro desafio vai muito mais além. Temos que saber unir os polos, HOMEM e MULHER (MATCHUNDADI e MINDJERDADI), para conseguirmos um equilíbrio e mitigar a cultura machista que nos tem oprimido, a nós, mulheres, no nosso país. É importante a nossa atuação para que a família guineense se entenda, para que os homens dialoguem, se unam em defesa do bem comum, saibam falar com o coração e não nos esgotem em intermináveis disputas pelo poder. Aos homens pedir licença, pedagógica e educadamente, mas estar atentas e conscientes para a importância do nosso papel. Afinal são os nossos homens! O que me faz lembrar um provérbio africano: «Se educas um Homem, educas um indivíduo, mas se educas uma Mulher, educas uma nação». Façamos, pois, ouvir a nossa Voz, a nossa fala!
Estou hoje aqui a entregar-me de coração nas vossas mãos. E não vim sozinha! Viemos engrossar as fileiras das mulheres guineenses que trabalham lado a lado na renovação social da Guiné-Bissau, nô terra. Vamos pôr-nos de pé e ao lado dos homens? Vamos fazer acontecer a política?
Uma palavra aos Jovens do PRS.
A verdade é que, na nossa terra, a política para a juventude tem sido apenas para inglês ver. Para além da desestruturação das famílias, da fraca qualidade do sistema educativo, os jovens, que são a grande maioria da população, foram votados às bancadas, às filas para visto na embaixada de Portugal e às tentativas de emigrar através de canais fraudulentos da sub-região, na busca por uma vida melhor no ocidente. É esta a dura realidade da juventude, nua e crua. Um stress permanente que se arrisca a levar-nos a flor dos mais insatisfeitos e empreendedores, que tanta falta fazem ao nosso país. Perante a ausência de oportunidades, a Europa, a América, tornam-se sinónimos de paraíso, que, de facto, não são.
Queremos trabalhar na forja das vossas oportunidades, para que possam ter uma vida promissora em Bissau ou em qualquer canto do nosso país, e para que ela seja melhor que a proporcionada à minha geração e às outras que a antecederam. Os vossos sonhos e aspirações, são causas legítimas, já adiadas por demasiado tempo. Desejamos ardentemente que os Jovens e a Juventude do PRS se venham a sentir ORGULHOSOS DE SER GUINEENSES e lhes seja permitido viver o desenvolvimento da e na nossa terra.
Prezado Presidente Alberto Nambeia,
É minha profunda convicção para as próximas legislativas que o PRS inaugurará um novo período da nossa jovem democracia. Por estar convencida que o Partido enfrentará vitoriosamente os desafios que tem pela frente, fazendo jus à sua liderança tranquila e empenhada. A sua capacidade de mediação, de reunir as pessoas, de as unir em torno do engrandecimento do Partido, insufla confiança e inspira-nos entusiasmo.
É graças a si que temos, no momento histórico que o país atravessa, um PRS mais amadurecido, apto, como nenhum outro partido, para um combate político eficaz e para se afirmar positivamente como uma ALTERNATIVA SÉRIA DE PODER. Não duvido que, se soubermos manter a unidade e a coesão internas, estaremos a caminho de uma maioria, e, muito provavelmente, de uma maioria absoluta.
O país precisa de uma LEGISLATURA DE RENOVAÇÃO SOCIAL E DE PROGRESSO SUSTENTÁVEL. Por isso, Presidente Nambeia, para nós, aqui presentes, aderentes ao Projeto PRS, fazemo-lo convictos e impregnados de patriotismo e civismo, de alma e de coração, apostados em contribuir para o reforço da coerência e da consistência do Vosso e, agora também, NOSSO grande Partido. Contamos, Senhor Presidente, com a vossa benevolência, com o vosso apoio, com a simpatia dos dirigentes e militantes do Partido. Confio nas virtudes do trabalho de equipa.
É, pois, uma honra e um privilégio apresentar publicamente a nossa adesão à militância no PRS, juntar-nos ao coletivo de mulheres, homens e jovens que defendem a bandeira da Renovação Social.
Já como Renovadora Social,
Agradeço, do fundo do coração, aos que me acompanham.
Agradeço a receção que nos foi feita.
Agradeço, em especial, à Direção das estruturas partidárias convocadas e aqui presentes, por nos terem proporcionado este momento.
Last but not the least, permitam que agradeça à minha família, que é o meu sustentáculo e aceitou esta minha opção política.
Muito obrigado Senhor Presidente Alberto Nambeia.
Muito obrigado Senhor Secretário-Geral Florentino Mendes Pereira.
Muito Obrigado dirigentes do PRS.
Muito obrigado ao Partido da Renovação Social.
VIVA A GUINÉ-BISSAU!
VIVA O PRS!