O Presidente da República, José Mário Vaz lamentou esta quinta-feira, 12 de Julho 2018, os danos provocados pelo mau-tempo, que ocorreu um pouco por todo o país no passado dia, 27 de Junho, quando a chuva acompanhada de um forte vento destruiu cerca de mil casas a nível nacional.
O Chefe de Estado visitou as vítimas do mau-tempo no bairro de Antula, concretamente na comunidade de Cuio, onde fez a entrega simbólica de donativo de arroz às vítimas pela intempérie.
José Mário Vaz sublinha na ocasião que queria visitar as vítimas logo após o triste acontecimento, justificando neste particular que não aconteceu, porque tinha agendado na altura uma viagem para participar na tomada de posse do Presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan.
“Hoje estamos aqui para solidarizar-se e dar a nossa contribuição para os guineenses afetados pelo mau-tempo. Aquilo que vimos aqui é muito triste”, lamenta o Presidente da República.
A Presidência da República disponibilizou mil sacos de arroz às vítimas da intempérie durante a visita de José Mário Vaz à comunidade de Cuio. Entretanto, apenas 200 sacos de arroz foram entregues na presença dos jornalistas sendo o resto a ser entregue pelo Ministro do Interior, Maturo Djaló que cuidará da sua distribuição através dos Serviços da Proteção Civil, que está sob a sua tutela.
A visita serviu ainda para José Mário Vaz abordar a questão da castanha de cajú, reiterando que continuará a defender e a lutar arduamente para o preço de mil francos CFA por quilo, considerando de escândalo a forma, segundo ele, que o cajú está a ser comprado por 300 francos CFA por quilograma.
“Vou vos reiterar mais uma vez, não vendam as vossas castanhas de cajú por 500 francos CFA quilo, meus irmãos da Guiné-Bissau. Se não defendermos os guineenses quem os defenderá”, questiona o Chefe de Estado para de seguida acusar algumas pessoas de estarem por de trás de uma campanha para inviabilizar a boa campanha de comercialização da castanha de cajú, recusando ainda que a situação do mercado não inviabiliza o preço de 1000 francos CFA.
Adverte ainda que os guineenses não devem continuar na posição de um povo mendigo, estendendo sempre as mãos para pedir ajuda.
Exortou as vítimas para não cruzarem os braços, mas sim devem levantar e trabalhar com os próprios meios, caso apareçam os apoios será complemento.
O Serviço da Proteção Civil registou mais de 11 mil pessoas afetadas a nível nacional, duas mil famílias e 420 casas danificadas durante a chuva acompanhada de fortes tempestades nos finais do mês de Junho.
Por: Sene CAMARÁ