O presidente do Movimento da Sociedade Civil, Fodé Caramba Sanhá, afirmou esta quinta-feira, 05 de julho 2018, que os guineenses não devem permitir que os titulares dos órgãos da soberania usem a comunicação social para tratamento dos assuntos de Estado.
No opinião do líder do Movimento da Sociedade Civil guineense, os assuntos ligado à gestão de Estado devem ser resolvidos administrativa e diplomaticamente.
Em reação às recentes trocas de correspondências entre os titulares dos órgãos da soberania, nomeadamente a Assembleia Nacional Popular, a Procuradoria Geral da República.
Após um encontro hoje no Palácio de Justiça com o Procurador Geral da República, Fodé Caramba Sanhá afirmou que os últimos acontecimentos põem em causa o Estado da Guiné-Bissau.
“Nos últimos tempos, assistimos nos órgãos da comunicação social e blogs troca de correspondências entre ANP e PGR sobre pedido de levantamento de imunidade a alguns deputados da nação, entre os quais figura o líder do PAIGC. Achamos que essa troca de correspondências entre as duas instituições nos órgãos da comunicação social pode provocar uma crise no relacionamento que acabará por fragilizar ainda mais a sociedade guineense, razão pela qual começamos este encontro com Procurador e seguiremos para a ANP, no sentido de cada instituição assumir a sua responsabilidade para com o Estado guineense”, notou Fodé Caramba Sanhá.
O presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento disse ter recebido garantias do Procurador em como as correspondências tenham sido tratadas de forma administrativa com a ANP. Segundo Sanhá, o Procurador Bacari Biai alegou ter agido em resposta ao comunicado da Comissão Permanente da ANP.
Em relação à quarta ronda de greve na função pública decretada pela União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), Fodé Caramba Sanhá disse que a organização que dirige está bastante preocupada com comportamento do governo em particular, atitude do Primeiro-ministro sobre a paralisação na função pública.
“Sabemos que greve é um direito adquirido, sendo assim, o Chefe do governo deve assumir a sua responsabilidade e não banalizar o assunto. Temos estado a assistir a banalização da responsabilidade do Primeiro-ministro sobre as posições que está a tomar tanto em relação à greve como no tratamento de certos assuntos de Estado. Portanto, queremos pedir ao Aristides Gomes para se sentar à mesma mesa com a Central Sindical a fim de procurar uma solução definitiva à greve”, exortou Fodé Caramba Sanhá.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: AA