Antigo Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas afirma ser uma questão prévia às negociações da zona conjunta
A Guiné-Bissau está a negociar com o Senegal um novo acordo sobre a exploração conjunta de petróleo, que, segundo o Executivo e observadores, constituiu um erro histórico há 25 anos quando atribui 15 por centro dos lucros para Bissau e o restante para Dakar.
O Governo guineense defende um acordo que defenda os seus interesses, mas há quem pense que a questão é outro.
Entretanto, o antigo chefe de Estado Maior das Forças Armadas, o almirante José Zamora Induta, defende que a Guiné-Bissau deve chamar o Senegal à mesa das negociações para redefinir as fronteiras e, nesse caso, a zona conjunta deixará de existir.
O embaixador da Guiné-Bissau em Bruxelas que liderou a delegação guineense nas conversações em Dakar, Apolinário de Carvalho, considerou em conferência de imprensa em Bissau que elas" correram bem" e que a parte guineense "fez ver à parte senegalesa que é preciso corrigir um erro histórico", no acordo de 1993
O responsável adiantou que o país tem hoje uma estratégia nacional que assenta na exigência de uma nova partilha, sem no entanto, a revelar.
Entretanto, há outras posições, nomeadamente de sectores da defesa.
O antigo chefe de Estado Maior das Forças Armadas, o almirante José Zamora Induta, é de opinião que o Governo da Guiné-Bissau “tem condições geopolíticas para voltar a chamar o Senegal à mesa, mas para discutir a delimitação das fronteiras” e, sendo assim, não deverá haver zona conjunta.
“Uma questão prévia para falar da zona conjunta, se é que haverá necessidade para falar dela no futuro, é uma redefinição das nossas fronteiras marítimas”, defende Zamora Induta que diz não saber por que na altura não se teve em conta “a Convenção Montego Bay, de 1982, que define a divisão das fronteiras marítimas”
Apesar de tudo e por considerar que o Senegal está no seu direito de defender o que acha ser seu interesse, “e não o condeno por isso”, Zamora Induta apela à união do país para fazer frente a esta situação desde que sejam ultrapassadas as interferências que têm existido desde sempre.
“Não é de agora”, reitera o antigo chefe de Estado-Maior das Forças Amadas que adverte para as ameaças de “de golpe” que podem surgir devido à falta de definição das fronteiras, “uma situação nacional”.
A entrevista na íntegra com José Zamora Induta será tema da rubrica “Agenda Africana” na quarta-feira, 8, na VOA.
Fonte: Voz da América - ouvir
A Guiné-Bissau está a negociar com o Senegal um novo acordo sobre a exploração conjunta de petróleo, que, segundo o Executivo e observadores, constituiu um erro histórico há 25 anos quando atribui 15 por centro dos lucros para Bissau e o restante para Dakar.
O Governo guineense defende um acordo que defenda os seus interesses, mas há quem pense que a questão é outro.
Entretanto, o antigo chefe de Estado Maior das Forças Armadas, o almirante José Zamora Induta, defende que a Guiné-Bissau deve chamar o Senegal à mesa das negociações para redefinir as fronteiras e, nesse caso, a zona conjunta deixará de existir.
O embaixador da Guiné-Bissau em Bruxelas que liderou a delegação guineense nas conversações em Dakar, Apolinário de Carvalho, considerou em conferência de imprensa em Bissau que elas" correram bem" e que a parte guineense "fez ver à parte senegalesa que é preciso corrigir um erro histórico", no acordo de 1993
O responsável adiantou que o país tem hoje uma estratégia nacional que assenta na exigência de uma nova partilha, sem no entanto, a revelar.
Entretanto, há outras posições, nomeadamente de sectores da defesa.
O antigo chefe de Estado Maior das Forças Armadas, o almirante José Zamora Induta, é de opinião que o Governo da Guiné-Bissau “tem condições geopolíticas para voltar a chamar o Senegal à mesa, mas para discutir a delimitação das fronteiras” e, sendo assim, não deverá haver zona conjunta.
“Uma questão prévia para falar da zona conjunta, se é que haverá necessidade para falar dela no futuro, é uma redefinição das nossas fronteiras marítimas”, defende Zamora Induta que diz não saber por que na altura não se teve em conta “a Convenção Montego Bay, de 1982, que define a divisão das fronteiras marítimas”
Apesar de tudo e por considerar que o Senegal está no seu direito de defender o que acha ser seu interesse, “e não o condeno por isso”, Zamora Induta apela à união do país para fazer frente a esta situação desde que sejam ultrapassadas as interferências que têm existido desde sempre.
“Não é de agora”, reitera o antigo chefe de Estado-Maior das Forças Amadas que adverte para as ameaças de “de golpe” que podem surgir devido à falta de definição das fronteiras, “uma situação nacional”.
A entrevista na íntegra com José Zamora Induta será tema da rubrica “Agenda Africana” na quarta-feira, 8, na VOA.
Fonte: Voz da América - ouvir