segunda-feira, 30 de junho de 2014

MOROSIDADE NA EMBAIXADA DA GUINÉ-BISSAU EM PORTUGAL ATRASA PRODUÇÃO DE PASSAPORTES EM BISSAU


GEORGI LICOVSKI/EPA
Bissau, 30 jun (Lusa) - O responsável pela produção dos novos passaportes da Guiné-Bissau, Vítor Cassamá, acusou hoje os elementos da embaixada do país em Portugal de morosidade no envio de dinheiro que os cidadãos pagam para a obtenção dos documentos.
"Os cidadãos pagam na embaixada (em Lisboa), mas o dinheiro não chega a Bissau e nós não produzimos os passaportes", afirmou Vítor Cassamá, diretor-geral da Imprensa Nacional (Inacep), instituição encarregada pelo Governo para produzir os novos passaportes do país, em policarbonato.
O responsável afirmou que fez "várias diligências" junto da embaixada da Guiné-Bissau em Portugal no sentido de "agilizar as coisas" mas desde janeiro não tem tido respostas pelo que mais de 200 passaportes aguardam pelo pagamento para serem emitidos.
Como forma de evitar a emissão ilegal e descontrolada de passaportes da Guiné-Bissau, o governo de transição, decidiu centralizar desde finais de 2013, a produção de passaportes na Imprensa Nacional em Bissau. Lusa

DEMISSÃO DO MINISTRO SENEGALÊS DA COMUNICAÇÃO E ECONOMIA NUMÉRICA

Dakar, Senegal - O ministro senegalês da Comunicação e Economia Numérica, Cheikh Abdoulaye Dieye, anunciou segunda-feira em Saint-Louis, no norte do Senegal, a sua demissão do Governo depois da derrota da sua coligação nas eleições autárquicas e departamentais que decorreram domingo no país.

"A nossa coligação perdeu as eleições que foram transparentes. Tomei a minha decisão e assumo-lhe. Informei quem de direito", declarou durante uma conferência de imprensa o ministro demissionário.

Ele assume assim as consequências do fracasso da sua reconquista da Câmara Municipal de Saint-Louis, a sua cidade natal, que dirige desde 2009.

Dieye entrou no Governo em abril de 2012 após a eleição do Presidente Macky Sall que o seu partido, a Frente para o Socialismo e Democracia/Benno Jubel (FSD/BJ), apoiou na segunda volta contra o chefe de Estado cessante, Abdoulaye Wade.

Entre os membros do Governo que foram batidos durante estas eleições figura a primeira-ministra, Aminata Touré, que cobiçava a Câmara Municipal de Grand Yoff, uma localidade do  subúrbio de Dakar. Fonte: Aqui

PRESIDENTE DO BURKINA FASO VISITA MALI


IBK (g) et Blaise Compaoré (d), le 31 août 2013 à Ouagadougou.
Bamako, Mali - O Presidente do Burkina Faso, Blaise Compaoré(a direita na foto), medianeiro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) no Mali, chegou esta segunda-feira a Bamako para uma visita de amizade e de trabalho de dois dias a convite do seu homólogo maliano, Ibrahim Boubacar Kéita(a esquerda na foto), soube a PANA de fonte oficial.

Durante a sua estada, ele manterá várias reuniões com o seu anfitrião e vai encontrar-se igualmente com os chefes das instituições malianas, com os representantes dos partidos da maioria e com os da oposição e com o Alto Representante do Chefe de Estado para o diálogo inclusivo inter-maliano.

Os dois chefes de Estado efetuarão terça-feira uma visita do Ofício do Níger, amplo projeto hidro-agrícola na região de Ségou (centro), no termo da qual o Presidente burkinabe vai reunir-se com a forte colónia burkinabe. Fonte: Aqui

MAURITÂNIA: CONSELHO CONSTITUCIONAL CONFIRMA VITÓRIA ELEITORAL DE PRESIDENTE CESSANTE

Nouakchott, Mauritânia – O Conselho Constitucional proclamou domingo último os resultados definitivos das eleições presidenciais de 21 de junho corrente na Mauritânia que confirmam a vitória do chefe de Estado cessante, Mohamed Ould Abdel Aziz(na foto), constatou a PANA no local.

Mohamed Ould Abdel Aziz obteve 81,94 porcento dos sufrágios diante de Biram Ould Dah Ould Abeid com 8,72 porcento, Ibrahima Moctar Sarr com 4,43 porcento, Bodiel Ould Houmeid 4,41 porcento e Lalla Mint Moulaye Idriss com 0,48 porcento.

O recurso introduzido por Biram Ould Dah Ould Abeid, ativista antiesclavagista, «por fraude e uso dos meios do Estado a favor dum candidato » foi rejeitado. Fonte: Aqui

ONU DEFENDE INICIATIVAS FAVORÁVEIS AO DESENVOLVIMENTO DE ADOLESCENTES NO MUNDO

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – Iniciativas devem concentrar-se em adolescentes a fim de lhes permitir frequentarem a escola e escolherem seus maridos, defendeu no fim de semana em Nairobi (Quénia) o Secretário-Geral (SG) da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.

Durante uma manifestação visando pôr termo à mortalidade materna, Ban Ki-moon sublinhou que estes programas devem proteger as adolescentes contra práticas tradicionais nefastas e oferecer-lhes serviços apropriados de planeamento familiar a fim de conter a mortalidade materna, segundo um comunicado da ONU transmitido domingo à PANA em Nova Iorque, 

Afirmou que, quando uma adolescente estiver ao abrigo do perigo e livre de escolher o momento oportuno para ter filhos, ela pode ser preservada contra a infeção pelo VIH/Sida, a hemorragia, complicações obstétricas, tais como a distocia, a fístula e a morte.

Indicou que a redução a três quartos da mortalidade materna e o acesso universal à saúde reprodutiva até 2015 fazem parte dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) que registaram uma taxa de progressão mais lenta. Fonte: Aqui

DE MALABO A DILI…

Por: Okutó Pisilon
O Presidente da República representa e encarna as aspirações mais sagradas do povo guineense. José Mário Vaz jurou à Constituição da Guiné-Bissau e prometeu cumprir as promessas eleitorais, defender, honrar o bom nome e dignificar a imagem do nosso povo. Desconhece-se, portanto, se a sua deslocação, a quente, a Malabo, fosse devidamente acautelada. Refiro-me a necessidade protocolar de integrar na comitiva presidencial, membros do Governo, coordenando assuntos de âmbito internacional. Infelizmente, na partida, para a XXIII Cimeira, a lista dos futuros membros do governo estava ainda rasurada. E, na chegada, aguardava-lhe: o país anfitrião, Malabo (Guiné Equatorial). É do conhecimento público que Malabo pretende aderir a CPLP. E que o Presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo é um “old hands”. Mas, tudo isso, não impediu que, de fato, o recém-eleito Presidente, José Mário Vaz, fosse bem recebido pelos seus homólogos africanos e ovacionado, inclusivé, por toda a assistência, e de pé, dando-lhe boas-vindas ao clube, na XXIII Cimeira dos chefes de Estados da União Africana sobre agricultura e segurança alimentar no nosso continente.
Ora, burlesco, foi a pirueta perfeita que se deu na agenda da referida Cimeira, a ponto de delinear as provocações intrusas do Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros português, Luís Campos Ferreira, permitindo-lhe expressar sobre um tema distante dos propósitos pela Cimeira. Expediente, portanto, reservado a soberania dos Estados. As intervenções insultuosas do governante português, Campos Ferreira, naquele fórum, visavam, em primeiro lugar, resumir a Presidência guineense a mera regência de uma província africana de Portugal. Por outro lado, o gesto, precisa de ser encarado como um “ensaio” para a Cimeira da CPLP, prevista para Julho próximo, em Dili (Timor), onde Portugal, e sua claque (Cabo Verde e companhia), se preparam meticulosamente para enxovalhar a imagem das nossas gloriosas Forças Armadas. Não prevejo qual poderá ser a reação da nossa na próxima Cimeira da CPLP em Dili, mas, a criação em Luanda do FOR PALOP pode servir, para já, de resposta e meia para as investidas dos tugas e os seus lacaio.
É cedo para se dissipar as incertezas sobre as ambições políticas reais do recém-eleito Presidente da República da Guiné-Bissau e Comandante em Chefe das Forças Armada. É que ficou um pouco no ar a ideia de que, em Malabo, o nosso Presidente, terá assistido impávido e sereno o espetáculo do forasteiro, Campos Ferreira.  Muito embora remetesse a nojenta proposta deAlargamento da Força Internacional de Estabilização na Guiné-Bissau à CPLP e a Portugal” ao diálogo entre os guineenses de qualquer decisão estratégica sobre o futuro do país e que preserve a estabilidade assegurada pelos próprios guineenses e não pelo exterior, para mim, transmite uma certa timidez! Para esta tentativa de humilhação a resposta precisava de ser mais contundente! E o Presidente ainda vai a tempo de, uma vez por todas, matar o mal pela raiz. E, para que não restem dúvidas, é impreterível que o presidente esclareça se pretende, ou não, que as nossas Forças Armadas voltem a ser o “braço armado” do PAIGC. Porque é dessa promiscuidade político-militar que os tugas e os seus lacaios auguram na nossa terra.  

NIGÉRIA ATAQUE ATRIBUÍDO AO BOKO HARAM FAZ MAIS DE 50 MORTOS


O último ataque atribuído aos radicais islâmicos do Boko Haram, de várias igrejas no nordeste da Nigéria, causou mais de 50 mortos, disse hoje um responsável local à agência France Presse.

"Até ao momento contámos 54 mortos", declarou um responsável do estado de Borno, onde ocorreram os ataques no domingo, que não quis ser identificado.

As quatro localidades envolvidas situam-se num raio de 10 quilómetros à volta de Chibok, de onde em meados de abril foram raptadas mais de 200 raparigas.

Os atacantes, que circulavam de motorizada, lançaram bombas nas igrejas de Kwada, Ngurojina, Karagau e Kautikari durante a missa de domingo, segundo testemunhas.

O Estado de Borno está na origem da insurreição islamita na Nigéria há cinco anos, que já causou vários milhares de mortos, 2.500 dos quais desde o início deste ano. Fonte: Aqui
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GUINÉ-BISSAU: FALTA DE MATERIAIS DE IMPRESSÃO NAS REGIÕES FAZ CONGESTIONAR CENTRO DE PRODUÇÃO DE BI DE BISSAU


Bissau, 30 Jun 14 (ANG) – O Director do Centro de Produção de Bilhete de Identidade lamentou hoje que a falta de equipamentos de impressão dessa peça nos diferentes locais de produção no interior do país, tenha levado a uma aglomeração no posto da capital Bissau.

Em entrevista exclusiva à ANG, Cherno Sano Jalo afirmou que os residentes nas regiões preferem deslocar a Bissau, devido a vontade de obterem o seu documento, uma vez que os centros locais não dispõem destes materiais.

Declarou que dos oito centros de produção de Bilhetes de Identidade abertos nas regiões do país, nenhum deles consegue imprimir o bilhete, pelo que são obrigados a recorrerem a Bissau para o efeito.

“Estamos a diligenciar junto a empresa Belga, “a SEMLEX”, para dotar referidos centros com materiais”, explicou o DG que apontou a necessidade de evitar a discordância nos números, como outra das razões por detrás de aglomeração.

Questionado sobre as maiores dificuldades com que o Centro de Bissau enfrenta, Cherno Sano Djalo salientou a falta de pastas de arquivos dos processos de bilhete de identidade.

“TRABALHO VOLUNTÁRIO”?

Por: Okutó Pisilon
Disse o recém-eleito Primeiro-ministro, Domingos S. Pereira - dirigindo-se cidadãos que tiveram a sorte da formação capaz - numa entrevista à Agência Lusa, que todos estão convidados a trocar algumas horas de trabalho pela tarefa de professor. Disse também ter muito respeito pelos professores, por isso entende que seja importante passar o sinal que não temos outro investimento mais importante do que a Educação.

É de registar a preocupação do chefe do executivo para com o setor. Mas, no meu ouvido, a mensagem soa aos tempos do partido único, em que o cidadão era obrigado a participar em ações “patrióticas” chamadas de “trabalhos voluntários”, sem pedir nada em troca. Disse: "Se temos uma escola debaixo do mangueiro, é porque não lhe demos prioridade". Mas, quem não deu prioridade à escola, os professores? Não! Por outro lado, é preciso explicar que a Educação não é o único parente pobre do sistema. O nosso sistema de saúde, os tribunais, os quartéis, a polícia, etc., também estão “debaixo do mangueiro”. É preciso descer ao país profundo e deixar de viajar pela Europa. Esses assuntos não podem ser tratado com ligeireza de análise. A situação do professor, do juiz, do médico, do soldado,  do polícia, etc., tem sido, deliberadamente, por sucessivos governos, debilitada na nossa terra.

Se fossemos a analisar, facilmente chegaríamos a conclusão de que a questão não está na necessidade de “despender tempo” para a tarefa em causa, mas sim na formação, apetrechamento e robustecimento da função do Estado. Então, pergunto: como é que podemos interpretar a situação em que o aluno perante a reprimenda do seu tutor responde-o enraivado e por cima com arrogância dizendo que não lhe atemorizava o castigo do “mestre”, visto que o seu pai nem sequer estudou, mas consegue empregar e pagar mais de vinte professores? O problema é que quando o sistema transforma “professor” num indigente na sociedade, isso é sinal claro de que o Estado não funciona. Tem sido assim há mais de quarenta anos da governação do PAIGC.  Conclusão: é preciso repensar o apelo de “trabalho voluntário” dirigido aos guineenses que tiveram sorte da formação capaz.

GUINÉ-BISSAU: DESVIO DE 26 MIL EUROS CONDICIONA EMISSÃO DE PASSAPORTES EM LISBOA


Bissau – O desvio de 26.180 euros está na origem da falta de emissão de 238 passaportes por parte da Imprensa Nacional (INACEP), para os cidadãos guineenses requerentes deste documento de identificação em Portugal há mais três meses.

Esta situação foi atribuída ao serviço da Embaixada da Guiné-Bissau em Lisboa, através do seu Encarregado de Negócios, Imbala Fernandes, conforme disse à PNN fonte da ligada à empresa que produz os passaportes no país.

A soma é resultado de pagamentos efectuados pelos cidadãos guineenses provenientes de diferentes pontos da Europa, que desejam adquirir o documento pagando 110 euros por cada um passaporte.

De acordo com o Director do Serviço da INACEP, Celestino Sanches, desta soma, 54 euros pertencem à sua empresa, sendo o restante valor para a Embaixada da Guiné-Bissau em Lisboa, tendo sublinhado que não compreende os motivos da falta de transferência da quantia para a conta da empresa.

Em termos de trabalhos realizados, este responsável informou que no espaço de um ano, a INACEP já emitiu 557 passaportes para Portugal cujo valor completo deu entrada na conta da entidade executora de passaportes em Bissau.

Para inverter esta situação, Celestino Sanches informou que a INACEP já abriu uma nova conta bancária em Lisboa através do banco Montepio, onde as pessoas interessadas possam fazer depósito mediante um pedido de passaporte.

Interrogado sobre outras Embaixadas da Guiné-Bissau onde também são emitidos passaportes, Celestino Sanches disse que a situação apenas se verificou em Portugal, onde as pessoas pagam e não recebem os seus passaportes.

Este assunto é do conhecimento do Governo de transição, através do Secretário de Estado das Comunidades, assim como do ministro dos Negócios Estrangeiros, Idelfrides Fernandes, e Delfim da Silva. Fonte: Aqui

JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS ELEITO PRESIDENTE DO FÓRUM PALOP


O Chefe de Estado de Angola, José Eduardo dos Santos(na foto), foi eleito hoje o primeiro presidente do Fórum dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (FORPALOP), cuja cimeira constitutiva decorreu em Luanda.

De acordo com o comunicado final da cimeira constitutiva, lida pelo ministro das Relações Exteriores angolano, Georges Chikoti, logo após a assinatura da declaração constitutiva do FORPALOP pelos Chefes de Estado e de Governos dos cinco países que integram a organização, o primeiro mandato deste fórum vigorará entre 2014-2016.

"A Cimeira encorajou o Presidente eleito a prosseguir os esforços na materialização das ações identificadas e não concluídas no quadro da cooperação dos cinco países africanos de língua oficial portuguesa, com vista a uma atuação conjunta cada vez mais significativa e influente", lê-se no comunicado final da cimeira.
A próxima cimeira terá lugar em 2016, em Cabo Verde.

No discurso de abertura desta cimeira, José Eduardo dos Santos enfatizou que o novo fórum permitirá aos Estados Membros uma melhor afirmação e promoção dos seus interesses no contexto das organizações internacionais, regionais e sub-regionais em que se inserem.

Nesta cimeira de Luanda, além do Presidente de Angola, participaram os presidentes de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa, da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, além do primeiro-ministro moçambicano, Alberto António Vaquina.

Na abertura da Cimeira, o Presidente de Cabo Verde e da associação de Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP) apontou a necessidade de "instrumentos mais ajustados ao novo cenário internacional" para que a organização responda aos desafios atuais.

Segundo Jorge Carlos Fonseca, este fórum vai por isso conferir "mais vigor, sentido útil e alcance operacional" à organização dos PALOP, constituída há cerca de 40 anos mas que já não "responde completamente" aos "desafios da atualidade".

Durante o encontro, segundo o comunicado final, "reafirmaram-se os laços profundos" que "unem" as antigas colónias portuguesas em África, bem como a "disposição" destes países de "contribuir ativamente para que os cinco países possam desenvolver as suas enormes potencialidades".

Recomendaram ainda a "revisão dos acordos e protolocos de cooperação" entre os cinco países, bem como a "identificação de outras áreas de cooperação futura, com particular realce para a vertente empresarial", tendo em vista "reforçar os programas de cooperação em torno dos objetivos comuns partilhados".

A propósito das recentes eleições na Guiné-Bissau, que culminaram no restabelecimento da ordem Constitucional, os Chefes de Estado e de Governo dos PALOP apelaram à comunidade internacional para prestar apoio ao país, no âmbito dos programas de desenvolvimento e do fundo de emergência.
Foi ainda reiterado o apoio à candidatura de Angola a membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para o período 2015-2017. Fonte: Aqui

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GUINÉ-BISSAU: ORGÃOS DA CS DEVEM CRIAR PROGRAMAS DE SENSIBILIZAÇÃO SOBRE ESCOLARIZAÇÃO DAS MENINAS

Bissau, 30 Jun.14(ANG)- Os órgaos de Comunicação social guineense devem criar mais programas de sensibilização das populações sobre a escolarização das meninas, recomendaram Domingo os participantes do ateleir de reflexão sob o tema“Investir na escolarizaçao das meninas”.

A recomendação consta do documento final do encontro que decorreu nos dias 28 e 29 de Junho em Bissau, organizado pelo Sindicato de Jornalistas e Tecnicos da comunicação social (SINJOTECS) e financiado pela Plan Internacional no âmbito da Campanha Global da escolarizaçao das raparigas.

Os participantes no curso recomendaram aos órgãos de comunicaçao social a promoverem entrevistas, debates, reportagens com chefes religiosos, juristas e outros intervenientes no sector do ensino sobre escolarização das meninas e outras práticas nefastas.

A Identificaçao e divulgaçao nos órgãos da comunicação social das zonas com mais frequência da prática de excisao feminina, casamento forçado e  recomendaram as organizações da classe, nomeadamente a Rede de Jornalistas Amigo das Crianças (REJAMIC) e o SINJOTECS para, em colaboração com a ONG Plan Internacional, a organizarem eventos culturais de mobilizaçao das populaçoes na luta contra as práticas nefastas.

Pediram aos orgaos de comunicacão social a contribuirem na divulgação das políticas, estratégias e das leis que proíbem as práticas da mutilação genital feminina no país em línguas locais.

A facilitaçao das ONG,s na divulgação das suas atividades, a necessidade de abordagem da questão do género nos programas, bem como de produzir e difundir em línguas locais spots publicitários, atráves de mensagens uniformizadas foram outras recomendaçoes do Ateliê que congregou 20 jornalistas de diferentes órgãos de comunicação social publico privado.

Ao longo do seminário foram abordados temas como “Política da Plan em matéria de promoção dos Direitos das Crianças”, “o papel da média na educação das meninas”, e “casamento forçado e mutilação genital feminino, suas consequências na vida das crinças”.

Fonte: ANG/JD/JAM

PRESIDENTE SENEGALÊS SAÚDA ORGANIZAÇÃO DE ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS


Dakar, Senegal (PANA) – O Presidente do Senegal, Macky Sall, saudou em Fatick, no centro do país, o desenrolamento das eleições autárquicas e departamentais de domingo, insistindo na sua “perfeita” organização.

« Constatei que o material eleitoral está instalado bem como as pessoas encarregues de velar pelo desenrolamento do escrutínio. Eu felicito a Comissão Eleitoral Nacional Autónoma (CENA) e as Organizações não Governamentais pelos seus papéis na organização destas eleições”, acrescentou.

Falando à imprensa depois de cumprir com o seu dever cívico na sua cidade natal, da qual ele foi o presidente da Câmara Municipal, o Presidente Sall apelou aos eleitores para se deslocar em massa às urnas. “Estas eleições autárquicas são uma etapa importante para a consolidação da nossa democracia », afirmou.

Por outro lado, o Presidente senegalês deplorou a pletora dos candidatos inscritos nos 
2.703 cadernos de partidos e de coligações de partidos políticos. 

“Após estas eleições, deveremos refletir muito seriamente sobre a participação dos candidatos nas eleições autárquicas, legislativas  e presidenciais. Isto é importante e necessário para que a escolha dos eleitores não seja alterada », declarou o Presidente Sall.

Os eleitores, cujo número se estima em cinco milhões 300 mil pessoas, devem eleger os delegados das 552 comunas e das 14 províncias do país. Após três horas de escrutínio,  nenhum incidente importante foi registado em todo o país,  um facto que saúdam os líderes políticos que continuam a apelar para a calma e a serenidade.

A atenção estará particularmente concentrada na rivalidade entre a primeira-ministra, Aminata Touré, o presidente da Câmara Municipal cessante de Dakar, Khalifa Sall,  que cobiçam a municipalidade de Grand-Yoff,  nos arredores de Dakar, a sua localidade de origem.

Responsável do Partido Socialista (PS), uma formação membro da maioria presidencial, Khalifa Sall disputa um segundo mandato de cinco anos à frente da comuna de Dakar.

A campanha, que durou duas semanas, foi manchada por confrontos muito violentos registados nos arredores de Dakar e em várias localidades do interior do país entre militantes de partidos ou de coligações de partidos políticos adversários.

Para velar pela transparência do escrutínio e pelo seu bom desenrolamento,  a CENA desdobrou sete mil supervisores e 13 mil controladores no país.

Por seu lado, a Coligação Africana dos Direitos Humanos (RADDHO), uma Organização não Govermental local, mobilizou 585 observadores para supervisionar o escrutínio que está a decorrer em 12 mil assembleias de voto repartidas em seis mil 342 centros de voto abertos no país. Fonte: Aqui

domingo, 29 de junho de 2014

GUINÉ-BISSAU "NÃO TEMOS INVESTIMENTO MAIS IMPORTANTE DO QUE EDUCAÇÃO"


Os guineenses que tiveram formação capaz estão convidados pelo novo primeiro-ministro a trocar algumas horas de trabalho pela tarefa de professor, algo que o próprio líder do Governo se dispõe a fazer.
"Eu penso que é importante passar o sinal que não temos outro investimento mais importante do que a Educação", defendeu Domingos Simões Pereira em entrevista à agência Lusa.
"Todos nós, que tivemos a sorte ou privilégio da formação, devemos equacionar a possibilidade de consagrar parte do nosso tempo a retribuir algo em termos de educação", referiu - sem pretensão de ser "revolucionário ou nacionalista".

A ideia passa por juntar todas as contribuições e ganhar margem de manobra para apostar na formação de professores, sem perder a pedalada curricular.
Trata-se de "garantir um período de transição educativa que permita que os professores tenham uma educação adequada para esse efeito, sem interromper o vínculo laboral".
"Tenho muito respeito pelos professores: se sou alguma coisa na vida, devo-o aos professores", destacou, mas reconhecendo as fragilidades na Guiné-Bissau.

"Causa alguma impressão e preocupa qualquer um, quando vai à escola, aperceber-se que o professor tem dificuldade até em falar consigo. Ou seja, se o meu filho fala melhor português e percebe melhor as coisas que o professor que é suposto ensiná-lo, temos problemas", exemplificou.
O chefe do Executivo defende a necessidade de dialogar com os docentes e "criar condições para que possam ter acesso a toda a preparação necessária para de facto serem professores e serem respeitados como tal".

Domingos Simões Pereira considera "fundamental" que o próximo ano letivo comece a tempo e horas no ensino público - rompendo com o cenário dos últimos dois anos em que foram mais os dias sem aulas, devido a greves por falta de pagamento de salários, do que os dias de funcionamento.
"A escola tem que ser atrativa" para cativar as crianças, com uma aposta decisiva em novas infraestruturas, afastando a ideia de funcionar ao ar livre, por vezes debaixo de um mangueiro (uma das maiores e mais comuns árvores de fruto da Guiné-Bissau).

"Se temos uma escola debaixo do mangueiro, é porque não lhe demos prioridade", sublinhou.
Por outro lado, considera que o currículo "tem que ser consequente".
"Que tipo de pessoa é que queremos no fim do processo: um cidadão, alguém capaz de enfrentar o mercado de trabalho, alguém competitivo lá fora? Temos que trabalhar num perfil", concluiu. Fonte: Aqui