sexta-feira, 27 de junho de 2014

OS TUGAS EM MALABO

Por: Okutó Pisilon

Todos os caminhos da CPLP vão dar às Forças Armadas da Guiné-Bissau. Os tugas soltaram o coelho da cartola. O objetivo é aniquila-la. “Proeza” que não alcançaram na luta armada. Agora que conseguiram colocar os seus peões no poder na Guiné-Bissau, querem convencer o mundo para uma nova forma de colonização em África. A experiência começa na Guiné-Bissau! O novo Bartolomeu Dias, o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Luís Campos Ferreira, subiu a tribuna, ontem, quinta-feira, pedindo, na cimeira da União Africana, em Malabo, Guiné Equatorial, o “alargamento” da “Força de Estabilização Internacional” na Guiné-Bissau, com mandato das Nações Unidas e envolvendo a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), incluindo Portugal. Disse o colonialista, Campos Ferreira:“É necessária uma força de estabilização internacional que deve ser um alargamento da existente” para a Guiné-Bissau, envolvendo «países das imediações e a CPLP, com um mandato da ONU”.

Creio que o mundo precisa de reinventar o conceito de “estabilização”. É preciso saber, na verdade, os fundamentos da necessidade de “fixar”, “permanecer”, “equilibrar” força internacional na nossa terra. Precisamos de saber se na Guiné-Bissau ocorrem neste momento raptos de portugueses ou o nosso país está em conflito armado e até corre o risco de se dividir como acontece em Moçambique? Teremos que perguntar ao novo Bartolomeu Dias, o senhor Campos Ferreira se não está a confundir a Guiné-Bissau com Cabinda? Ou se na nossa terra existe alguma base do grupo islamita Boko Haram? Os rios secaram na Europa, agora a todo o custo, Portugal tem de partir para o mundo, contra ventos e marés, a procura de matérias-primas. Portugal salazarista lançou-se para a guerra contra o povo da Guiné-Bissau, mas vai, de novo, tê-la!  

Viva a Guiné-Bissau