Por: Okutó Pisilon
Todos
os caminhos da CPLP vão dar às Forças Armadas da Guiné-Bissau. Os tugas soltaram
o coelho da cartola. O objetivo é aniquila-la. “Proeza” que não alcançaram na
luta armada. Agora que conseguiram colocar os seus peões no poder na
Guiné-Bissau, querem convencer o mundo para uma nova forma de colonização em
África. A experiência começa na Guiné-Bissau! O novo Bartolomeu Dias, o
Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Luís Campos
Ferreira, subiu a tribuna, ontem, quinta-feira, pedindo, na cimeira da União
Africana, em Malabo, Guiné Equatorial, o “alargamento” da “Força de
Estabilização Internacional” na Guiné-Bissau, com mandato das Nações Unidas e
envolvendo a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), incluindo
Portugal. Disse o colonialista, Campos Ferreira:“É necessária
uma força de estabilização internacional que deve ser um alargamento da
existente” para a Guiné-Bissau, envolvendo «países das imediações e a CPLP, com
um mandato da ONU”.
Creio
que o mundo precisa de reinventar o conceito de “estabilização”. É preciso
saber, na verdade, os fundamentos da necessidade de “fixar”, “permanecer”,
“equilibrar” força internacional na nossa terra. Precisamos de saber se na
Guiné-Bissau ocorrem neste momento raptos de portugueses ou o nosso país está
em conflito armado e até corre o risco de se dividir como acontece em
Moçambique? Teremos que perguntar ao novo Bartolomeu Dias, o senhor Campos
Ferreira se não está a confundir a Guiné-Bissau com Cabinda? Ou se na nossa
terra existe alguma base do grupo islamita Boko Haram? Os rios secaram na
Europa, agora a todo o custo, Portugal tem de partir para o mundo, contra
ventos e marés, a procura de matérias-primas. Portugal salazarista lançou-se
para a guerra contra o povo da Guiné-Bissau, mas vai, de novo, tê-la!
Viva
a Guiné-Bissau