A Líbia vai, esta quarta-feira, a votos, num clima de quase guerra civil. Os eleitores deverão escolher os 200 membros da futura Câmara dos Representantes, 32 dos quais serão obrigatoriamente mulheres.
Este escrutínio é uma etapa importante na transição democrática do país e a segurança um dos principais desafios, sobretudo no Leste.
“No que toca à segurança, Bengasi, como todos sabem, vive momentos especiais e atravessa uma fase difícil. O comité conjunto de segurança, em Bengasi, é responsável pela segurança do processo eleitoral. Tem sido coordenado pela comissão eleitoral e recebeu os mapas com a distribuição das assembleias eleitorais. Prometeu garantir a segurança de 182 assembleias, das estradas e dos armazéns”, explica Jamal Boukran, presidente da comissão eleitoral, em Bengasi.
A futura Câmara dos Representantes vai substituir o Congresso Geral Nacional, saído das primeiras eleições livres do pós-Kadhafi, mas acusado de estender cada vez os seus poderes e de apoiar as milícias islamitas.
“Se Deus quiser, as eleições vão decorrer sem problemas e, depois de tudo o que se tem passado, vamos alcançar a estabilidade e as pessoas poderão começar a avançar e o país vai acalmar-se. As pessoas estão cansadas do que se tem passado”, garante um habitante de Bengasi.
Há cerca de um mês que o leste da Líbia é palco de violentos confrontos entre uma força paramilitar, leal ao general dissidente Khalifa Haftar, e grupos islamitas instalados na região de Bengasi. euronews