Os
docentes exigem a actualização da carreira e não a promoção como se fossem
produtos mercantis.
Reunidos
em assembleia, os docentes entenderam que após as negociações com o Executivo
de João MarcelinoTchipingui nenhuma reclamação do caderno reivindicativo foi
atendida até ao momento.
Volvidos
33 dias do início da paralisação, os professores começaram a receber ameaças de
descontos pelas faltas na escola.
O
secretário do Sinprof no Lubango, Osvaldo Congo, face às ameaças, deixou
algumas interrogações: “O Governo, o patrão, enquanto durar a greve ele vai
aplicar as suas faltas. O próprio ministro reconhece que a greve é legal, diz
que estamos a dever. Mas você está a me dever, vai me descontar mais? Quer
dizer que você quer aumentar mais a dívida?”
Para
o professor António Vilar os docentes exigem a actualização da carreira e não a
promoção como se fossem produtos mercantis como o Governo promete fazer e faz uma
analogia com o tempo colonial.
“Quando
a gente passa pelas montras estamos a ver promoção, promoção, promoção. Qual é
a montra em que o professor está? Desde a era colonial todos os professores
foram actualizados. Na Ásia, na América e inclusive em África onde estão
escravos deles. Também fomos sempre actualizados”., disse Vilar
O
secretário provincial do Sinprof apelou os professores ao sacrifício e lucidez
sobre as motivações da greve. João Francisco afirmou ter chegado o tempo do
professor valorizar a sua profissão.
A
determinação em manter a greve encerrou a assembleia que juntou 3.500
professores, a entoar o hino nacional. Voz da América - Oiça