segunda-feira, 4 de agosto de 2014

EMILIANO TÉ DIZ ADEUS À SELEÇÃO E APELA A FEDERAÇÃO A ORGANIZAR MELHOR


SELECAO NACIONAL
O internacional guineense, Emiliano Té, despediu-se da seleção nacional depois do jogo frente a equipa de Botswana empatado a uma bola.
O médio de 31 anos ao serviço da União de Leiria (Portugal), Emiliano Té, no seu adeus à seleção nacional guineense, aconselhou os dirigentes para não interromperem “este percurso dos “Djurtus”, acrescentando que o nosso país tem talentos que precisam de crescer. Té exortou aos responsáveis da federação nacional a apoiarem os jogadores jovens e por outro lado, apontou o fator organização, como sendo a ferramenta que faz falta ao nosso futebol.
“Quero que os dirigentes da nossa federação continuem a apoiar os jogadores mais jovens, assim como devem organizar ainda mais, porque achei que falta a organização ao nosso futebol. Com a organização podemos chegar ao mais alto nível, porque temos jogadores de qualidade, só nos falta a organização. O que aconteceu connosco na primeira mão e neste jogo em casa, acho que se organizassemos tinhamos todas as condições para passar a eliminatória; mesmo assim devemos seguir com este projeto, a seleção não pode ficar parada”, exortou Emiliano Té.
Este veterano que representou a seleção dos “Djurtus” várias vezes, afirmou que há falta de organização em todos os setores, apontando a falta de um banco de dados dos jogadores e o seguimento de futebolistas nacionais e dos rendimentos nos seus respetivos clubes. Visivelmente triste, Té considerou que não conseguiu alcançar os seus objetivos na seleção nacional, contudo espelhou que teve mais vitórias que as derrotas no seu percurso nos “Djurtus”. ​​​
De referir que os “Djurtus” empataram (1-1) com a seleção de Botswana este sábado no Estádio Nacional “24 de Setembro, na partida que contava para a segunda mão da 2ª fase pré-eliminar que dá acesso a fase de grupos do CAN 2015 a ter lugar no solo marroquino. A Guiné-Bissau tinha perdido na primeira mão por 2 bolas a zero em Botswana.
O tento nacional foi apontado pelo atacante Ansumane Fati Seidi aos 16 minutos da partida, e a turma visitante igualou por intermédio de Jerone aos 82 minutos do jogo, carimbando assim o passaporte das “Zebras” para estarem no grupo do Senegal, Tunísia e Egipto.
No final do jogo com as “Zebras”, o técnico luso dos “Djurtus” considerou que “os rapazes foram dignos, foram profissionais; é pena por não termos passado à eliminatória”.
Solicitado a pronunciar-se sobre se a eliminatória foi perdida em Botswana, Torres afirmou que a eliminatória foi muito dura. Entretanto, considerou que ele não é pessoa indicada para falar daquilo que aconteceu na operação Gaberone. Contudo, Torres garantiu que irá entregar o relatório das duas mãos com a seleção da Botswana e “as pessoas irão refletir e redefinir aquilo que não foi bom”.
Por outro lado, Paulo Torres deu mérito a equipa da Botswana e justificou que esta soube defender muito bem na zona central do terreno do jogo, facto que no seu entender, obrigou os “Djurtus” a um desgaste enorme, porque a seleção nacional assumiu o jogo durante a primeira parte do encontro.
O técnico luso da turma nacional mostrou a sua vontade em permanecer no comando dos “Djurtus”, deixando esta decisão para os responsáveis guineenses do futebol; entretanto apontou como feitos, a subida da seleção 50 lugares no Ranking da FIFA, sob o seu reinado na sequência de quatro jogos, com dois empates, uma vitória e uma derrota frente as “zebras” de Botswana.
Por: Sene Camará
Fonte: Aqui