domingo, 21 de dezembro de 2014

EMIGRANTES DA GUINÉ-BISSAU QUEIXAM-SE DE FALTA DE APOIO POR PARTE DAS AUTORIDADES


Emigrantes da Guiné-Bissau, que se encontram de férias no país, queixaram-se hoje ao ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, Mário da Rosa, de falta de apoio das autoridades quando chegam à terra natal.
 
O Governo realizou hoje(20 DEZ) o primeiro encontro de confraternização com emigrantes, juntando cerca de cem pessoas num clube da capital e ouvindo a realidade com que são confrontados nos países onde vivem e também as dificuldades que sentem quando chegam à Guiné-Bissau.
 
Falando em nome da Associação dos Emigrantes, Yotelma Jumpe disse que todos os emigrantes guineenses se deparam com "vários problemas".
 
Ouviram-se queixas relacionadas com os serviços de alfândegas, "que cobram taxas elevadas" pela retirada dos pertences dos emigrantes, com dificuldades para o acesso a terrenos para construção de habitações e com "uma fraca cobertura diplomática" nos países de acolhimento.
 
"O emigrante tem uma importância transcendente na economia do país através da sua remessa", defendeu a porta-voz dos emigrantes.
 
Segundo Yotelma Jumpe, há mais de 270 mil guineenses residentes no estrangeiro, para os quais "é preciso uma política coerente" que passa pela escolha "criteriosa de representantes do país" nas embaixadas que devem ser abertas em pontos de maior representatividade dos cidadãos.
 
A porta-voz dos emigrantes disse que a Guiné-Bissau "podia ganhar muito" se aproveitasse a "grande bagagem cultural" que os cidadãos residentes fora do país possuem.
 
Em resposta, o ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, Mário da Rosa, disse compreender as queixas e prometeu "dias melhores" para aqueles que vivem e trabalham fora do país.
 
Mário da Rosa disse que o Governo coloca os emigrantes "num lugar-chave" na sua estratégia de relançamento da vida politica e económica da Guiné-Bissau.
 
O governante prometeu, para "muito breve", mudanças no relacionamento e na resposta às demandas dos guineenses espalhados pelo mundo.
O diretor-geral das comunidades guineenses no estrangeiro, Luís Barros, afirmou que vai se reunir com a Direção-Geral das Alfândegas para identificar as dificuldades que os emigrantes têm tido para tirar daqueles serviços os seus pertences.