A organização não-governamental Afectos com Letras vai enviar para a Guiné-Bissau oito toneladas de medicamentos para apoiar doentes carenciados de todo o país, informou a associação.
Uma equipa de três elementos da organização não-governamental (ONG) parte na sexta-feira para proceder à entrega de oito toneladas de medicamentos, especialmente antibióticos, num país onde "a dificuldade de acesso a medicamentos é enorme", disse à agência Lusa a presidente da Afectos com Letras, Joana Benzinho.
Através de uma parceria com uma ONG espanhola, os medicamentos serão distribuídos em "nove hospitais e centros de saúde espalhados pelo país", de forma a apoiar "os doentes carenciados" da Guiné-Bissau.
Nesta missão de duas semanas, a organização portuguesa vai também proceder à "montagem e inauguração" de uma descascadora de arroz, co-financiada pela embaixada da Austrália em Portugal, que estará disponível para a população de Barambe, na região de Cacheu.
"Nessa tabanca [aldeia], o arroz é descascado manualmente. Com a máquina a funcionar com combustível, podem fazer sacos de 10 quilos de arroz em dez minutos" e o arroz "fica com mais qualidade", esclareceu Joana Benzinho.
Desta forma, os habitantes de Barambe, que até agora gastavam "quatro a cinco horas diárias a descascar o arroz manualmente", podem ter "mais tempo livre para outras atividades económicas ou lúdicas", sublinhou.
A ONG portuguesa vai ainda desenvolver um "mini festival cultural por vários pontos do país", com um grupo de danças tradicionais guineense, "Os Netos do Bandim", e levar as crianças de um orfanato "a ver o mar, que nunca viram".
Durante a estadia, a Afectos com Letras vai também criar "três bibliotecas móveis" em três ilhas da Guiné-Bissau, passando a ter um total de seis bibliotecas móveis a funcionar no país, para além da Biblioteca Pública de Bissau, criada em 2012, com a ajuda da ONG.
Criada em setembro de 2009, a Afectos com Letras, Associação para o Desenvolvimento pela Formação, Saúde e Educação, tem como missão a melhoria das condições de vida das crianças da Guiné-Bissau. Fonte: Aqui