sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

NATAL DOS PEQUENINOS NUM PORTUGAL INFESTADO DE SACANAS NOS PODERES


Na Avenida Almirante Reis, em Lisboa, mais de uma dezena de pessoas sem-abrigo "comemoram" o "natal". Entretanto, os políticos, detentores dos cargos mais elevados da República, gozam o Natal que nem nababos à custa do país e dos portugueses que miserabilizam através da senda selvagem de empobrecer milhões para enriquecer uns quantos e a eles próprios. 
 
Vendem Portugal às parcelas e em saldos. Passeiam as traições cometidas com grande gáudio, assegurando que é para bem do país e das populações. Mentem descaradamente. Roubam impunemente. Enriquecem desmesuradamente com o maior dos descaramentos, negando ou dizendo não se lembrarem quando se lhes coloca alguma questão que envolva comportamentos ilícitos ou de meras suspeitas. 
 
Nas ruas, nas noites ventosas e geladas acontece o "natal" dos pequeninos. Nas casas luxuosas dos políticos e seus apaniguados o Natal de cada um deles vale por mil ou mais de cada um dos portugueses desgraçados pelas políticas dos devassos. É a corrupção no seu maior esplendor, reverso da exploração, do roubo de uns quantos que são os das elites. Um Portugal infestado de sacanas nos poderes, servos do grande capital nacional e global.  
 
Ao olharmos e assistirmos aos tantos "natais" dos pequeninos que abundam em Lisboa, aos magotes de seres humanos nossos compatriotas (ou não) que tanto sofrem por via dos referidos sacanas, salta a tampa da repulsa, da revolta e dos vómitos que um Cavaco Silva, um Passos Coelho, um Paulo Portas ou outros nos poderes nos causam, pelas suas políticas desumanas, pelos seus desempenhos ao serviço de outros que não do país e dos portugueses. A indiferença da realidade nua e crua assim o confirma. (MM/PG)