O vice-coordenador da Comissão de Seguimento de Dossiê de Exploração da Areia Pesada de Varela, João Alberto Djata disse que a empresa russa denominado Photo Sarl já transportou cerca de 500 toneladas desse mineiro para uma zona situada entre Bissau e Safim com o conhecimento do Estado da Guiné-Bissau.
João Alberto Djata que falava a’O Democrata numa conferência de imprensa realizada num dos hotéis da capital sustentou ainda que a alavanca da economia do país está na agricultura, pesca e turismo, portanto a exploração que a empresa russa Photo Sarl está fazer vai pôr em causa a viabilidade de turismo e agricultura em Varela, e pede a intervenção de Estado com vista a clarificar o processo de exploração à população de Varela.
“O nosso primeiro passo consistiu em produzir um relatório que intitulamos contributo para uma melhor gestão do dossiê de areia pesada de Varela com intuito de provocar um debate pois entendemos que o assunto não cabe só ao ministro de Recursos Naturais, mas sim a todos os cidadãos e a sociedade em geral” notou Djata.
Por seu lado, Victor Sanhá explicou que a empresa russa começou a exploração sem ter cumprido com os 14 programas de gestão ambiental e social previstos na declaração de conformidade ambiental, nem tão pouco a certificação das máquinas de exploração pela Célula de Apoio ao Impacto Ambiental (CAIA), a quem incumbe a obrigação legal de certificar se os materiais, depois da montagem no terreno, são adequados.
Sanhá acusou ainda a empresa de ter cometido a ilegalidade em colaboração com o Ministério dos Recursos Naturais, através da violação da lei de mina e avaliação de impacto ambiental bem como a violação da sua obrigação contratual.
“A retirada de areia pesada de Varela para Bissau e consequente exportação para estrangeiro para nós é uma autorização ilegal que ministro de Recursos Naturais na pessoa de Daniel Gomes está a fazer”, insistiu Sanhá.
Importa-se salientar que a exploração em curso está a ser realizada em Varela concretamente na aldeia de Nhiquim e já provocou danos nas bolanhas e um ano agrícola com fraco rendimento.
Por: Aguinaldo Ampa
Fonte: odemocratagb.com
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