O presidente do parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, classificou hoje como uma «falha» o encontro de uma comitiva governamental com rebeldes de Casamança (Senegal) em território guineense e pediu a exoneração dos dirigentes civis e militares que a integravam.
O líder da comitiva, o ministro da Administração Interna, Botche Candé, foi demitido pelo Presidente da República, José Mário Vaz, depois do incidente, e, segundo o presidente do parlamento, os restantes dirigentes também devem sair.
O parlamento guineense criou uma comissão de inquérito ao caso, cujos resultados foram apresentados na quinta-feira numa sessão à porta fechada.
«Botche não deve ser o único a pagar pela falha. Todos os que o acompanharam devem ser igualmente responsabilizados», defendeu Cipriano Cassamá, que advoga ainda uma «mudança radical» nos ministérios da Administração Interna e da Defesa.
O presidente do parlamento guineense exige também que as autoridades guineenses trabalhem no sentido de reconfirmar os pilares (marcos das fronteiras) entre a Guiné-Bissau e o Senegal. Cassamá diz ainda que vai convocar Botche Candé para ser ouvido na comissão especializada permanente sobre Defesa.
Ainda não foi nomeado um novo ministro da Administração Interna. O secretário de Estado da Ordem Pública, Doménico Sanca, que também fazia parte da caravana de Botche Candé, assumiu as funções interinamente. Fonte: Aqui