terça-feira, 16 de dezembro de 2014

GUINÉ-BISSAU ACOLHE I CONFERÊNCIA NACIONAL SOBRE REDUÇÃO DE CATÁSTROFES

Bissau – Os técnicos de diferentes instituições públicas encontram-se reunidos em Bissau na Primeira Conferencia Nacional de Actividades de Protecção Civil e de Redução de Riscos de Catástrofes, para debaterem a situação de risco do país.
 
Falando durante a cerimónia de abertura da reunião, Domingos Simões Pereira, Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, revelou à PNN que o encontro decorre numa altura em que mais de 400 habitações foram destruídas por ventos fortes, e mais de 800 famílias ficaram sem abrigo na Guiné-Bissau.

O Chefe do Governo guineense citou que o encontro de dois dias se realiza igualmente no ano em que o relatório da Universidade das Nações Unidas coloca a Guiné-Bissau entre os quinze países mais expostos a desastres naturais e, este ano, o mundo enfrenta a epidemia do ébola.

«O assunto do Serviço Nacional de Protecção Civil consta do programa do Governo da Guiné-Bissau de forma específica e com objectivos muitos concretos», disse Simões Pereira.

Em termos de consequências dos desastres naturais, Simões Pereira referiu que é inegável tratar-se dos maiores desafios e obstáculos de desenvolvimento social e económico, tendo sido apontado como um entrave na prossecução dos objectivos do milénio em vários países, chegando mesmo a constituir factores de regressão.

«Como um país que aspira ao progresso social e económico perante os factos de comprovadamente sermos expostos aos fenómenos destrutivos tais como epidemias, seca, inundações, erosão, pragas ou ventos fortes. É a nossa firme convicção que temos que alterar a nossa forma de abordagem a este assunto, investindo na prevenção e na melhoria da nossa preparação de forma a melhorar a nossa capacidade de resiliência», disse o Chefe do Governo.

O Primeiro-ministro da Guiné-Bissau lembrou ainda que a lei guineense em matéria de protecção civil é definida como actividade permanente, multidisciplinar e plurissectorial, conjuntamente desenvolvida pelo Estado guineense e outras pessoas colectivas, privadas, nacionais ou estrangeiras, com a finalidade de prevenir riscos causados por acidentes graves.

A terminar, Simões Pereira disse que a definição de actividade do Serviço Nacional de Protecção Civil deve ser entendida imperativamente como uma orientação expressa para uma abordagem inter e pluridisciplinar, ou simplesmente inclusiva na gestão dos fenómenos destrutivos, o que remete ao Governo os reais motivos da conferência que se realiza em Bissau.
 
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