Os 195 países reunidos em Paris na conferência das Nações Unidas sobre o clima (COP21) assinaram este sábado o primeiro acordo universal de luta contra as alterações climáticas e o aquecimento global.
Países desenvolvidos e em desenvolvimento comprometeram-se a caminhar para modelos económicos que reduzam as emissões de dióxido de carbono e gases de efeito estufa.
«O acordo de Paris para o clima foi adotado», anunciou o presidente da COP21 e ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius, suscitando um longo e unânime aplauso das delegações presentes na sala.
Ao bater com o malhete, gesto simbólico que assinalou o alcançar do acordo, Fabius afirmou que o consenso vai permitir «fazer grandes coisas».
O Presidente francês, François Hollande, e o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, abraçaram-se, e o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, chorava de emoção ao assistir ao corolário de mais de vinte anos de cimeiras do clima e de um esforço diplomático sem paralelo desenvolvido no último ano.
No acordo legal universal contra as alterações climáticas listam-se várias medidas vinculativas a longo prazo para conseguir limitar a subida da temperatura a dois graus no final do século. Deverá ser aplicado a partir de 2020 e pôr termo ao conflito entre países ricos e pobres sobre como travar o aquecimento global.
A aplicação do acordo supõe reduzir ou eliminar o consumo de carvão, petróleo e gás como fontes de energia, um modelo que move as sociedades humanas desde o século XVIII.
Os avisos da comunidade científica preveem cheias, secas e tempestades cada vez graves, bem como a subida do nível das águas do mar, que seria catastrófica para zonas costeiras onde vivem milhões de pessoas.
A aposta para conseguir limitar a subida das temperaturas passará pela adoção de fontes energéticas limpas, tais como a solar e eólica, e pela eficiência. Fonte: Aqui