O Antigo Chefe de Estado- Maior- General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, José Zamora Induta considera, esta quarta-feira 16 de dezembro, que a sua audição no Tribunal Militar Superior (TMS) é uma “perseguição encomendada”.
Falando a’O Democrata à saída de uma audiência no TMS, Induta assegurou que continua a ter fé na justiça, de maneira que não vai cair na tentação em responder algumas provocações na praça pública, sem no entanto fornecer mais detalhes.
Os alegados crimes seriam no âmbito de uma suposta tentativa de golpe de Estado ocorrido no país em outubro de 2012, do qual Induta é apontado pela justiça militar como o cabecilha.
“Não tenho outro nome a dar a tudo o que está a acontecer comigo até aqui, se não de perseguição. Como sabem, fui notificado ontem, momento em que o próprio Tribunal Militar, dava por nulo as medidas de coação. O ponto agora é o que é que se faz com quarenta dias de prisão domiciliária, com cinquenta dias de prisão preventiva em Mansoa? e informei aqui, através de um requerimento, que tenho um doutoramento em curso que neste momento estou na eminência de perder a bolsa, isso tudo fica por conta de quem?” questionou.
Interpelado sobre se considera de ilegal a notificação feita pelo Tribunal Militar Superior, o Vice-Almirante informou que qualquer cidadão deve estar disponível para responder qualquer questão que a justiça entenda que quer ouvir da nossa parte.
Em nome do colectivo dos Advogados do ex-chefe de Estado-Maior, Ruth Monteiro explicou que o Tribunal Militar Superior considera inválidos os autos, e “se os processos são inválidos não entendemos porque é que estes autos vão voltar a suscitar atenção de alguém, e sim, que esse alguém, deve voltar a responder nos mesmos autos”.
Recorde-se que o ex-Chefe do Estado-Maior General das Forcas Armadas é acusado pela justiça militar dos crimes de homicídio, tentativa de alteração da ordem constitucional no país e ainda de terrorismo.
Os alegados crimes seriam no âmbito de uma suposta tentativa de golpe de Estado ocorrido no país em outubro de 2012, do qual Induta é apontado pela justiça militar como o cabecilha.
Por: Aguinaldo Ampa