“LAVAGEM
DE DINHEIRO”
Até que se prove o contrário, a operação desencadeada,
atualmente, de forma desaforada, pela CEDEAO contra o nosso país, merece este
nome e muitos outros adjetivos pejorativos.
O atual Primeiro-ministro, Umaru El Mokhtar Sissoko Embaló,
em seu nome próprio, prontificou-se em apoiar financeiramente a Seleção
Nacional de Futebol na sua deslocação ao Campeonato Africano das Nações (CAN),
a decorrer no Gabão, a partir do dia 14 de Janeiro de 2017. Mauriano Pereira do
sindicato dos professores (SINDEPROF), pediu já a suspensão das sucessivas
vagas de greves decretadas pelos sindicatos, porque o encontro com o Ministro
cessante, Sandji Fati foi motivo de orgulho. Sandji Fati terá garantido aos
sindicatos dos professores, crente na escolha da Educação como prioridade do
atual Primeiro-ministro, garantiu que o Governo irá liquidar as dívidas em
atraso.
Não se trata da falta de generosidade da nossa parte. Estamos
a falar de assunto de Estado, que engaja todo uma comunidade política. O povo
guineense não pode hipotecar o futuro das gerações vindouras com esses tipos de
expedientes duvidosos, porque ninguém dá a ninguém sem pedir contrapartida. Você dá
rebuçados a uma criança, de certeza, em troca da sua simpatia. E qual será a intenção do rapaz?
Os apoios e doações
internacionais aos Estados estabelecem-se em parâmetros transparentes. Quem nos
possa garantir que as promessas do recém-empossado Primeiro-ministro, Umaru
Sissoko, não roça lavagem de dinheiro? Como pode ser ele a fazer promessas e a
pagar em seu nome próprio e não do Estado guineense? O magnata e atual
Presidente dos EUA, Donald Trump, é um exemplo. É sobejamente conhecida a
proveniência da sua fortuna: do trabalho! Ora, Trump não prometeu e nem andou
distribuir dinheiro, à toa, ao povo Americano. O magnata em nenhuma ocasião se
atreveu a mexer na sua fortuna alcançada com o esforço do trabalho. Pergunto:
qual tem sido a fonte de rendimento de El Mokhtar Sissoko Embaló e quem o terá
financiado, o BAD, FMI, Banco Mundial, Terrorismo islâmico, barões da droga?
Isto é maior do que todos nós poderíamos, alguma vez,
imaginar sobre o destino político desta nossa Pátria Amada. Peço-vos que me
provem, então, que o nosso Estado não foi agora capturado pelos barões da
máfia? Porquê que tudo que ele diz, fá-lo em seu nome pessoal e nunca em nome
da nossa comunidade política: o Estado? Não tem equipa? É um solitário? Porque
tomou a decisão de fechar a mesquita no Hospital Simão Mendes, sem uma consulta
ou estudo prévio?
Alegoria das
Cavernas: como é possível admitir um
“apanha bolas” jogar na seleção nacional de futebol, e ser, inclusivamente,
indicado como capitão da equipa, sem nunca ter jogado numa equipa distrital do
país ou no estrangeiro?