sexta-feira, 18 de novembro de 2016

PAIGC DEMARCA-SE DA DECISÃO DE JOSÉ MÁRIO VAZ QUE NOMEIA UMARO SISSOCO PRIMEIRO-MINISTRO

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) diz demarcar-se da decisão tomada pelo Presidente da República, José Mário Vaz, que esta sexta-feira, nomeou Umaro El Mokhtar Sissoco Embaló, militar guineense na reserva, como novo primeiro-ministro.

Em comunicado enviado ao Jornal O Democrata, partido responsabiliza José Mário Vaz de todas as consequências daí decorrentes e diz manter a sua “firme e inabalável e determinação” em continuar a luta pela afirmação do Estado de Direito Democrático, ao lado de todas as “forças progressistas” do país.

Segundo os libertadores, o fato de Chefe de Estado nomear Umaro Sissoco primeiro-ministro, assume “inequivocamente” a denúncia explícita do Acordo de Conacri e opta pela continuidade da crise.

No mesmo comunicado assinado pelo seu líder, Domingos Simões Pereira, o PAIGC considera que denunciar o Acordo de Conacri, o Presidente da República pós em causa de forma “irresponsável” todo o esforço e sacrifício consentidos pelos diferentes atores políticos e sociais do país, assim como da Comunidade Internacional, particularmente, da CEDEAO na busca de uma saída para a crise na Guiné-Bissau há mais de 15 meses.

Neste sentido, convida a CEDEAO e toda a Comunidade Internacional a continuarem a acompanhar os guineenses na defesa das conquistas democráticas e da liberdade, “opondo-se frontalmente aos sinais evidentes de implantação da ditadura na Guiné-Bissau”.

No decreto presidencial que nomeia Umaro Sissoco, José Mário Vaz considera cumpridos os preceitos constitucionais, bem como os compromissos estabelecidos no Acordo de Conacri para que seja formado “um governo inclusivo” que permita “salvar a presente legislatura”.

O Presidente guineense justifica a escolha com a necessidade de o novo executivo “ter apoio parlamentar ou pelo menos não ter a maioria contra ele”.


Por: Filomeno Sambú

 
Foto: Google imagem