Fonte: Wilrane Fernandes, in Fernando Casimiro (nosso Didinho), via facebook
1. Venho reafirmar o que sempre disse relativamente a qualquer decisão de qualquer órgão de soberania, que viola a Constituição e as Leis da República, ou seja, SOU CONTRA!
Como escrevi recentemente, não foi só o Presidente da República a violar a Constituição face ao que ficou determinado no (Des)Acordo de Conacri, mas todos os Partidos políticos que subscreveram o dito (Des) Acordo, bem como a Sociedade civil e as entidades religiosas, que também participaram.
O que se esta à espera, quando se diz que um consenso é que determina a nomeação de um novo Primeiro-ministro, entre 3 nomes propostos pelo Presidente da República (o que é inconstitucional) e, pasme-se, desses 3 nomes, o Presidente da República podia escolher sem nenhuma contrariedade, aquele que lhe merecesse mais confiança...?
O que fazer agora, face a um erro imperdoável de todos quantos participaram da inconstitucionalidade de uma decisão assente num (Des) Acordo, que pisou a Constituição da República?
Àqueles que só sabem atacar o cidadão comum que exercendo o seu direito de cidadania, reflecte sobre questões do país, deve-se questionar o que acham da embrulhada que foi o (Des) Acordo de Conacri e o que pensam dos políticos que o subscreveram, bem como os demais participantes, em representação da Sociedade civil e Entidades Religiosas.
Infelizmente o Povo delegou o seu Poder a políticos impreparados e gananciosos, daí estarmos como estamos relativamente a esta crise de sobrevivência.
Falam todos do respeito à Constituição e às Leis da República, mas não olham a meios para violar essa mesma Constituição e as Leis, desde que os seus interesses sejam salvaguardados.
Tudo isto acontece, porque a manipulação conseguiu dividir os Guineenses, que tardam em concluir que, quanto mais divididos, mais enfraquecidos.
Sim, poderíamos ser fortes se unidos e por via disso os políticos e os governantes teriam respeito pelo Povo.
Quando alguém tenta fazer algo nesse sentido lá aparecem os "guardas" dos políticos a tentarem descredibilizar e "assassinar" o cidadão lúcido, honesto e comprometido com a Guiné-Bissau. É triste, porque continuamos a perder, quando temos tudo para começarmos a ganhar.
2. Não aceitemos mais enquanto guineenses, que uns e outros, a bem dos seus interesses nos dividam, enfraquecendo-nos; nos intriguem virando-nos uns contra os outros, quando o que está em causa é o interesse nacional, quiçá, a soma dos interesses de todos os guineenses e não apenas de um grupo ou grupos de guineenses! A Guiné apenas precisa do compromisso dos seus filhos para que tudo o "resto" seja uma realidade!
Positiva e construtivamente.// Fernando Casimiro