As ações do movimento bassóra di povo, deviam ser direcionadas para o PAIGC(fábrica das crises políticas cíclicas que têm assolado o país desde independência a esta parte). Pensem nisso.
Ponto a reter: Nos dísticos exibidos por marchantes se podia ler as seguintes palavras. : Jomav, Domingos Simões Pereira, Cipriano Cassamá, PAIGC, PRS(?) e todos os partidos políticos fora!
Cidadãos guineenses querem nova ordem política.
O novo movimento de cidadãos na Guiné-Bissau contra a crise politica denominado “Bassora di Povo” (em português Vassoura do Povo) defende um “Governo popular” para 10 anos.
Esta posição foi tornada publica nesta terça-feira, 22, em entrevista à VOA por um dos protagonistas de manifestações.
A concentração que estava prevista para realizar-se perto sede do Governo nesta terça-feira acabou por ser interrompida, depois de um grupo de polícias terem ordenado a dispersão manifestantes sob “ordens superiores”.
Contudo, os lideres do movimento afirmam que não vão desarmar-se, até que as suas revindicações se efectivem, ou seja, romper com o sistema, através de “uma nova ordem politica e social no país”.
Saturnino de Oliveira, uma das caras do Movimento, defende um Governo Popular, com a duração mínima de 10 anos com objectivos específicos:
“Vamos resgatar o Estado, o que significa que vamos mandar todos os políticos e a toda classe politica para casa. Depois disso vamos criar uma comissão que será encarregue de indicar figuras para vão assumir as funções da república durante 10 anos. Este Governo popular terá como missão, fazer uma reforma estrutural, começando na Constituição da Republica, passando pelo sector da Defesa e Segurança, Educação, Saúde, Administração Pública, e demais instituições da República”, explicou.
A exigência para muitos observadores é inoportuna, mas na perspectiva do movimento é a única saída plausível para tirar o país das incessantes instabilidades politicas e da pobreza extrema.
O movimento “Bassora di Povo” acredita mesmo nos seus objectivos e, segundo Saturnino de Oliveira, as suas acções não vão limitar-se às manifestações de rua, mas também, a outras iniciativas de consciencialização dos guineenses, “sobre a necessidade de corrigir a situação por que passa o país há varias décadas”.
Fonte: Voz da América
A Polícia da Ordem Pública (POP) impediu hoje, 22 de Novembro, a realização de uma marcha pacífica que devia ter início às 7 horas a frente do edifício do Palácio do Governo rumo à Praça dos Heróis Nacionais.
A manifestação que acabou anulada, foi promovida pelo “Bassora di Povu”, lançado sexta-feira última em Bissau por um grupo de jovens indignados com a classe política nacional.
A nova organização exige a retirada completa de todos políticos e a formação de um governo de tecnocratas encarregue de gerir o país durante um período de dez anos.
As forças de segurança no local alegaram que “Bassora di Povu” não dispõe de nenhuma autorização para a realização da marcha. Dezenas de manifestantes alegam que a legislação guineense não impõe autorização para realizar uma marcha.
Nos dísticos exibidos por marchantes se podia ler as seguintes palavras. : Jomav, Domingos Simões Pereira, Cipriano Cassamá, PAIGC, PRS e todos os partidos políticos fora!
No entendimento do Bassora di Povu, a classe política nacional falhou e por isso “não merce mais a confiança do povo”.
Em nome do grupo, Saturnino de Oliveira disse à imprensa que o despacho do Ministério da Administração Territorial que proíbe manifestações viola o princípio do direito fundamental do homem, nomeadamente a liberdade de cidadãos manifestarem descontentamento com base na lei.
“Estamos aqui hoje para manifestar o nosso descontentamento face à situação que o nosso país enfrenta. A nossa insatisfação não é contra uma pessoa, mas sim contra todo o sistema que afunda o nosso país. Entendemos que a classe política em geral falhou. Depois de 43 anos da independência as pessoas continuam a ter a ideia de impedir uma manifestação pacífica”, lançou o activista.
Assegurou ainda que a presença do grupo perante o edifício governamental é um sinal que o povo “já está cansado do sistema político” e exige a mudança profunda de uma forma pacífica.
“Compreendemos que é difícil a luta que estamos a levar a cabo, porque lutar contra um sistema político implantado há muitos anos é difícil, mas estamos determinados a continuar com a luta. Apesar de nos impedir de marchar, conseguiremos fazer com que o povo guineense saiba que realmente há pessoas atentos nesta terra. Queremos ainda chamar atenção da população guineense que essa é uma luta para defender os direitos de todos perante uma classe política falhada, razão pela qual todos devem aderir à iniciativa”, advertiu .
Por: Aguinaldo Ampa