terça-feira, 22 de novembro de 2016

“A GUINÉ-BISSAU É MUITO IMPORTANTE PARA O BRASIL”, DIZ EMBAIXADOR NA ONU

Em entrevista exclusiva à Rádio ONU, Mauro Vieira reafirmou a solidez nas relações diplomáticas com o país africano;  Brasil preside a Cplp e configuração de paz para a Guiné-Bissau da Comissão de Consolidação da Paz, PBC.

Monica Grayley, da Rádio ONU - Ouvir.

Para o Brasil, a Guiné-Bissau é um "país importante" e com o qual a nação sul-americana pretende atuar no contexto da Cooperação Sul-Sul e nos trabalhos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp.

A declaração foi dada à Rádio ONU pelo novo embaixador do Brasil nas Nações Unidas, Mauro Vieira.

Questões relativas

Nesta entrevista, ele fala das sólidas relações diplomáticas com a Guiné-Bissau.

"Bom, a Guiné-Bissau, como país de língua portuguesa, país irmão da costa ocidental da África, muito próximo do Brasil, é muito importante para o Brasil e nós vemos com muito interesse todas as questões relativas à Guiné-Bissau. E nos interessamos muito e tentamos sempre ajudar e colaborar."

O Brasil preside a configuração de paz para a Guiné-Bissau como parte da Comissão de Consolidação da Paz, PBC na sigla em inglês. O país também participa na formação de polícias guineenses e colaborou com a logística de realização das eleições no passado.

Impasse

Mauro Vieira, que assumiu o posto no início de novembro, contou que quer se envolver pessoalmente nos trabalhos da PBC para a Guiné-Bissau.

"É para o Brasil e para todos os representantes permanentes que antecederam uma função fundamental, primordial, a que nós damos muita importância, muito interesse e à qual eu vou me dedicar muito como presidente da configuração.

E justamente aproveitando o momento em que o Brasil preside também a Cplp, creio que são duas coincidências muito positivas e que podem produzir muito resultado."

A Guiné-Bissau atravessa um momento de impasse político após a demissão do governo do ex-primeiro-ministro Domingos Simões Pereira em agosto do ano passado.

Depois de um acordo apoiado por organizações regionais, o país africano decidiu promover um governo de consenso para eliminar o impasse, como pedido pelo Conselho de Segurança e outros atores internacionais.