sexta-feira, 25 de novembro de 2016

“LAVAGEM DE DINHEIRO”


Até que se prove o contrário, a operação desencadeada, atualmente, de forma desaforada, pela CEDEAO contra o nosso país, merece este nome e muitos outros adjetivos pejorativos.
O atual Primeiro-ministro, Umaru El Mokhtar Sissoko Embaló, em seu nome próprio, prontificou-se em apoiar financeiramente a Seleção Nacional de Futebol na sua deslocação ao Campeonato Africano das Nações (CAN), a decorrer no Gabão, a partir do dia 14 de Janeiro de 2017. Mauriano Pereira do sindicato dos professores (SINDEPROF), pediu já a suspensão das sucessivas vagas de greves decretadas pelos sindicatos, porque o encontro com o Ministro cessante, Sandji Fati foi motivo de orgulho. Sandji Fati terá garantido aos sindicatos dos professores, crente na escolha da Educação como prioridade do atual Primeiro-ministro, garantiu que o Governo irá liquidar as dívidas em atraso.

Não se trata da falta de generosidade da nossa parte. Estamos a falar de assunto de Estado, que engaja todo uma comunidade política. O povo guineense não pode hipotecar o futuro das gerações vindouras com esses tipos de expedientes duvidosos, porque ninguém dá a ninguém sem pedir contrapartida. Você dá rebuçados a uma criança, de certeza, em troca da sua simpatia. E qual será a intenção do rapaz? 

Os apoios e doações internacionais aos Estados estabelecem-se em parâmetros transparentes. Quem nos possa garantir que as promessas do recém-empossado Primeiro-ministro, Umaru Sissoko, não roça lavagem de dinheiro? Como pode ser ele a fazer promessas e a pagar em seu nome próprio e não do Estado guineense? O magnata e atual Presidente dos EUA, Donald Trump, é um exemplo. É sobejamente conhecida a proveniência da sua fortuna: do trabalho! Ora, Trump não prometeu e nem andou distribuir dinheiro, à toa, ao povo Americano. O magnata em nenhuma ocasião se atreveu a mexer na sua fortuna alcançada com o esforço do trabalho. Pergunto: qual tem sido a fonte de rendimento de El Mokhtar Sissoko Embaló e quem o terá financiado, o BAD, FMI, Banco Mundial, Terrorismo islâmico, barões da droga?

Isto é maior do que todos nós poderíamos, alguma vez, imaginar sobre o destino político desta nossa Pátria Amada. Peço-vos que me provem, então, que o nosso Estado não foi agora capturado pelos barões da máfia? Porquê que tudo que ele diz, fá-lo em seu nome pessoal e nunca em nome da nossa comunidade política: o Estado? Não tem equipa? É um solitário? Porque tomou a decisão de fechar a mesquita no Hospital Simão Mendes, sem uma consulta ou estudo prévio?

Alegoria das Cavernas: como é possível admitir um “apanha bolas” jogar na seleção nacional de futebol, e ser, inclusivamente, indicado como capitão da equipa, sem nunca ter jogado numa equipa distrital do país ou no estrangeiro?