Em declarações exclusivas à ANG, Mando Conté, agricultor e gestor de duas hortas da família agradeceu as autoridades por terem aumentado o preço indicativo, em relação ao 2016 e disse esperar mais valorização do cajú durante a presente campanha.
Questionado sobre a decisão do executivo ao limitar a compra directa da castanha junto dos camponeses, apenas a nacionais, Mando Conte aplaudiu a opção e fundamentou que a mesma permitirá aos comerciantes intermediários guineenses terem alguma prosperidade nas suas actividades económicas.
Opinião contrária tem o Imame Central da Região de Bolama, que, segundo ele, a medida de restringir a actuação dos estrangeiros, tende a reduzir a concorrência e pode não contribuir para a subida do preço junto dos agricultores.
Por isso, Bacar Camara pede ao governo que reconsidere a sua posição, “para que o preço da castanha de cajú possa subir até mil Francos cfa, junto dos campaneses”.
Na conversa que o repórter de ANG manteve com os populares desta ilha no sul país, todos mostraram a sua satisfação em relação ao preço-base estipulado pelo governo e dizem acreditar na subida do mesmo.
De acordo com as projecções da Directora Nacional do Banco dos Estados da África de Oeste (Banco Central), a Guiné-Bissau pode exportar, este ano, 200 mil toneladas de caju.
Actualmente, o país é o quinto maior produtor mundial de cajú, depois de Vietname, Índia, Costa do Marfim e Brasil.
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