ponto à reter: a prostituição masculina de jovens africanos que se tornaram alvos preferenciais de mulheres europeias quinquagenárias que não conseguem parceiros sexuais em seus países e descobriram que o dinheiro possibilita a compra de favores sexuais na África de homens muito mais jovens..
Quando falamos em turismo sexual temos a concepção de exploração do gênero feminino em diversas faixas etárias, especialmente nos países das Américas, África e Ásia.
A exploração e os abusos sexuais dos africanos e seus descendentes, infelizmente, foram e são práticas constantes no continente africano e nos países americanos. As relações sexuais forçadas ocorreram em diversas faixas etárias, praticados por senhores de escravizados, escravizados reprodutores, padres e todos os que detinham algum poder no sistema produtivo escravagista. As mulheres e as meninas foram as maiores vítimas desses monstros da escravidão.
Chama a atenção também o abuso sexual de meninos escravizados e, não podemos esquecer que homens também eram usados sexualmente por senhoras de escravizados, fatos esses pouco comentados na historiografia, mas, citados na oralidade.
Nos dias atuais, ao falarmos de turismo sexual na África pensamos imediatamente na prostituição feminina, na facilidade imposta pela pobreza da necessidade da venda de sexo por preços baratíssimos a turistas europeus. Mas, o que chama a atenção é a prostituição masculina de jovens africanos que se tornaram alvos preferenciais de mulheres europeias quinquagenárias que não conseguem parceiros sexuais em seus países e descobriram que o dinheiro possibilita a compra de favores sexuais na África de homens muito mais jovens.
Essa realidade tornou-se o filme Paradise: Love (alemão - Paradies: Liebe) lançado em 2012 pelo cineasta alemão Ulrich Seidl e sua esposa Veronika Franz, estrelado por Margarethe Tiesel como Teresa, uma mulher austríaca considerada gorda pela beleza eurocêntrica e Peter Kazungu, um belo e formoso jovem preto, como Munga.
A película expõe o encontro de dois mundos, o mundo branco europeu e o mundo preto africano, com suas nuances de sexualidade sem a ideia propagada do amor interracial. O que a personagem Teresa e outras mulheres europeias procuram nas praias do Quênia é o sexo fácil oferecido por diversos jovens que as chamam de “sugar mamas”.
O amor é representado pela opressão racial e social dos jovens africanos que se submetem por dinheiro às mulheres rejeitadas nos seus próprios países e chamadas falsamente de “belas” por causa do dinheiro que possuem e usam para comprar “o amor”. Elas escolhem com quem ficar.
No filme, ocorre que os jovens africanos sabem da necessidade sexual das europeias e as exploram financeiramente. Mas, se submetem a todos as vontades e taras, sendo considerados objetos para uso e abuso.
Vocês devem assistir ao filme no link abaixo e iremos abrir uma discussão sobre o assunto.