Radio Sol Mansi, 05 Jul 2017 - PLAN Internacional efectuou esta quarta-feira (05 de Julho) num seminário de três dias, o lançamento da IIª fase do projecto” Educação de qualidade Inclusiva e Participativa” sob o lema: “fortalecer o acesso equitativo á educação de qualidade e inclusiva para todas as crianças”.
A 2ª fase do projecto vai continuar a trabalhar com as 41 comunidades abrangidas pelo projecto e envolver não só crianças, como também professores, comité de gestão das escolas, associações de pais e encarregados, mulheres, autoridades locais, autoridades centrais e regionais de educação e ONGs e organizações da sociedade civil…
O Ministro da Educação, Sandji Fati, presente no acto, explicou a ausência das crianças nas zonas lestes do país principalmente as meninas.
«Na zona leste, havia uma mentalidade diferente da zona litoral. Quem não estiver atento, não será capaz de descortinar este aspecto. A religião muçulmana foi apreendida de uma forma diferente no nosso país em que as crianças sobretudo as meninas não só têm problema de irem a escola, como também não é prioridade dos pais mandá-las para as escolas. Mas agora descobrirem que é importante que as crianças fossem a escola quer os rapazes como as meninas e quase todas as tabancas estão a pedir escolas».
Para o Representante da PLAN Internacional, Allassane Drabo, a Guiné-Bissau, está inserida num contexto educativo regional muito difícil e a África Subsaariana continua a ser região com maiores taxas de indivíduos fora de escola.
«Das 61 milhões de crianças fora da escola, 33 milhões vivem na África subsaariana. A região também tem a maior taxa de exclusão, com 21% das crianças e verem negadas o direito à educação», explica.
A nível regional, segundo Drabo, a zona leste da Guiné-Bissau continua a ser uma das áreas em que uma criança tem menos probabilidade de ter acesso ao sistema educacional e de beneficiar de educação gratuita de qualidade e primária, devido às suas características socioculturais.
«Nas regiões do leste do país, vive a maior proporção de pessoas não-escolarizadas, com idades compreendidas entre os 3-26 anos”, finaliza.
O Representante da PLAN Internacional sublinha que se deve intervir para assegurar a educação inclusiva e de qualidade, promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida de todos, conforme estipula o objectivo 4 da agenda 2030.
Por: Bíbia Mariza Pereira