Radio Sol Mansi, 04 Jun 2018 - A representante do Fundo das Nações Unidas para a infância (UNICEF) diz que continua preocupada com o elevado índice de mortalidade materna infantil na Guiné-Bissau “que continua um dos mais elevados não só em África, como no mundo inteiro” apesar da redução da cobertura vacinal nos últimos anos
A preocupação foi transmitida por Christine Jaulmes, na abertura dos trabalhos sobre Dialogo Nacional com os Parceiros para Justificação de Apoio ao Programa que juntou, em Bissau, os técnicos ligados ao ministério da saúde pública.
“Graças a essa parceria, muitas crianças guineenses menores de cinco 05 anos e mulheres em idade reprodutiva, beneficiaram de vacinas que permitiram reforçar a sua imunidade, contribuindo assim para uma vida mais saudável. Entretanto, o índice de mortalidade materna e infantil na Guiné-Bissau”, explica.
A UNICEF felicita, no entanto, os esforços do governo no sentido de finalizar o plano nacional de desenvolvimento sanitário que deve guiar um conjunto de programas do sector da saúde, sobretudo o programa alargado de vacinação.
“Sem este documento para a organização, não seria possível iniciar o exercício de planificação das intervenções relacionadas à vacinação”, alerta.
De acordo ainda com a representante da UNICEF, nos últimos anos, houve uma redução considerável da cobertura vacinal no país apontando alguns exemplo da cobertura vacinal com pentavalente que passou de 96% em 2013 para 68% em 2016.
“O inquérito da cobertura vacinal mostra que seis das onze regiões sanitárias - especialmente Bijagós e Bolama - encontram-se abaixo dos 80% de cobertura para a maioria dos antigénios. Desta maneira, este encontro deverá permitir uma análise participativa e uma reflexão conjunta a fim de identificar as barreiras e estrangulamentos que causam a deterioração das taxas de vacinação”, enfatiza.
Christine reafirma que as duas agências do sistema das Nações Unidas na Guiné-Bissau – a UNICEF e a OMS - estão disponível em apoiar os esforços do governo guineense na criação das condições básicas para o desenvolvimento e o bem-estar da saúde da população guineense.
“Vamos honrar os compromissos tanto regionais quanto continentais e mundiais, assumidos na área da saúde”, garante.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Siga