O diretor da consultora CESO considerou hoje que os muitos desafios que a economia da Guiné-Bissau enfrenta são também uma oportunidade para os empresários, porque "há carências muito significativas em quase toda a linha".
Em declarações à Lusa à margem do seminário da Fundação AIP sobre 'Como Fazer Negócios' na Guiné-Bissau, que esta semana abarca todos os países lusófonos, João Rabaça disse que apesar das muitas dificuldades, há progressos favoráveis aos empresários.
"A Guiné-Bissau é um país com muitos desafios, mas com muitas oportunidades; é um Estado frágil, com instituições mais fragilizadas e maior dificuldade de interação seja da população em geral, seja dos empresários nacionais e estrangeiros com o próprio Estado", disse o diretor da CESO Development Consultants.
"Têm sido feitos progressos relevantes, desde logo no ambiente de negócios, criação de empresas, as burocracias que estão envolvidas têm sido diminuídas e isso é um registo importante", acrescentou o consultor.
As principais oportunidades para as empresas portuguesas, salientou, estão em todos os setores da atividade económica, a começar pela energia e pela diversificação económica para lá da agricultura.
Há muitas oportunidades de investimento devido às "carências muito significativas quase em toda a linha, desde logo a urgência e importância do setor agrícola, que vale 50% da criação da riqueza no país, e particularmente o caju, é preciso diversificar para gerar rendimento e desenvolvimento económico, mas o desafio é diversificar e espalhar o crescimento a setores cruciais como a saúde, a água e a energia, que não são uma constante em nenhuma cidade da Guiné-Bissau", disse João Rabaça.
O país, no entanto, precisa de um trabalho prévio ao investimento, e quem quiser investir tem de ter “a devida atenção, e antes de mais conhecer o país", disse, concluindo que é também com este objetivo que a Fundação AIP e a CESO organizam um conjunto de seminários "para os empresários conhecerem melhor os mercados e para levar a decisões de investimento mais avisadas".
LUSA