sexta-feira, 13 de julho de 2018

"TURBULÊNCIA" COMERCIAL DO CAJÚ


Ministro do Comércio e A. Dr Vicente Fernandes
O problema está em torno da questão da fixação pública do preço da castanha de cajú. E a situação é que as notícias que vêm a público dão conta de que mais de 100 mil toneladas de castanhas de cajú ainda se encontram na posse dos agricultores guineenses, devido a descoordenação total das autoridades nacionais em matéria da fixação do seu preço base. 

Esta difícil situação tem levado o Governo a tomar algumas providências à nível do mercado nacional e internacional. O Ministro do Comércio e Artesanato, Dr. Vicente Fernandes, terá recorrido às autoridades do Vietname com o objectivo de tentar "ajudar as empresas do nosso país a comprar as 100 mil toneladas que se encontram ainda na posse dos agricultores.

No meu ponto de vista, tudo isto tem muito a ver com a noção que temos de economia. Acontece que personalidades bem colocadas têm formação nessa área. Por isso, todas as decisões que tomam e tomaram sobre esta matéria não o fazem a toa. Algumas pessoas, inclusivamente, defendem a fixação do preço base (mínima) para a castanha de cajú pelo Estado. Em tempos, um alto responsável político, pressionado, "sacudiu água do capote", defendendo-se de  que a decisão da fixação, este ano, do preço da castanha em 1000 francos cfa, teria a ver com as indicações recebidas dos seus fiéis colaboradores. 

Por que complicar se todos sabemos que na economia centralizada (comunista) o preço é determinado pelo Estado e na economia liberal o preço é estruturado pelo mercado? Ora, o tipo de economia que temos vindo a seguir e a praticar, desde a liberalização do mercado em 1990, é a liberal, por isso, a decisão pública de fixação do preço base da castanha de cajú, foi, na minha opinião, burla qualificada. E quem tomou esta iniciativa burlesca deveria ser responsabilizado pelos prejuízos causados.

"NDJOR NBAI BANAN PA SENEGAL
NÓS ITA KIRINBA
FIDJUS DI GUINÉ..."