segunda-feira, 26 de maio de 2014

ABERTAS ASSEMBLEIAS DE VOTO PARA PRESIDENCIAIS NO EGITO


As assembleias de voto no Egito abriram hoje  às 09:00 (07:00 em Lisboa) para as eleições presidenciais. 

O Egito, o país árabe mais populoso (85,95 milhões de habitantes), vota  hoje e na terça-feira para escolher o novo Presidente entre o ex-chefe militar  que derrubou o islamita Mohamed Morsi e um político veterano de esquerda.

Apelidado como o novo homem forte do Egito, depois de ter deposto, em  julho de 2013, o Presidente Mohamed Morsi, o marechal Abdel Fattah al-Sissi,  de 59 anos, é o grande favorito à vitória. 

Os votos dos expatriados egípcios, divulgados na passada quarta-feira,  confirmaram esta tendência. Segundo os dados da comissão eleitoral, o antigo  chefe das Forças Armadas e ex-ministro da Defesa obteve 94,5% dos votos  dos eleitores egípcios residentes no estrangeiro. 

O político veterano de esquerda Hamdeen Sabbahi, o único adversário  de Sissi, conseguiu, de acordo com os mesmos dados, 5,5% dos votos dos expatriados  egípcios, que votaram entre 15 e 19 de maio em 124 países. A comissão eleitoral  informou que Sissi venceu em todos os países. 

O islamismo político, que elegeu Mohamed Morsi nas presidenciais de  2012, é o grande ausente destas eleições, depois de a Irmandade Muçulmana  ter sido declarada, em dezembro último, uma "organização terrorista". 

Após a destituição e a detenção de Morsi, a polícia e o exército egípcios  lançaram uma forte ofensiva contra os apoiantes da Irmandade Muçulmana,  durante a qual mais de 1.400 pessoas foram mortas e cerca de 15.000 membros  e simpatizantes do movimento foram detidos. 

No âmbito desta repressão instituída pelas autoridades do Cairo, várias  centenas de pessoas foram condenadas à morte ou a pesadas penas de prisão  em julgamentos em massa, qualificados pelas Nações Unidas como "sem precedentes  na história recente". 

No terreno para acompanhar a votação presidencial está uma missão de  observadores da União Europeia (UE), liderada pelo eurodeputado português  social-democrata Mário David. 

A equipa de observadores é composta por 150 elementos dos 28 Estados-membros  da UE, do Canadá e do Noruega. Fonte: Aqui