As autoridades da Serra Leo confirmaram hoje a primeira morte causada pelo vírus Ébola, tendo restringido as viagens em algumas áreas, para evitar que a febre hemorrágica que está a afetar o oeste africano faça mais vítimas.
Segundo as autoridades da Serra Leoa, onze pessoas com diarreias severas e vómitos deram entrada num centro de saúde numa zona que faz fronteira com a Guiné Conacri.
Quatro pessoas morreram, tendo-se confirmado que a morte de uma delas foi provocada pelo Ébola, enquanto outras cinco têm respondido aos tratamentos.
A causa da morte das outras três está ainda a ser investigada.
A ministra da Saúde e Saneamento, Miatta Kargbo, pediu que a população se mantenha "vigilante" e reafirmou a proibição, definida anteriormente, de viagens para assistir a funerais na Guiné Conacri, o epicentro do surto no oeste africano.
As regiões de Kailahun, onde surgiu o primeiro caso confirmado, e de Kenema foram designadas como de "alto risco" e as viagens nessas zonas foram também proibidas.
"Estamos a começar a descobrir que os casos recentes no país são relativos a pessoas que foram a funerais na Guiné Conacri", revelou a ministra.
A governante disse que a vítima era uma curandeira tradicional que tinha ido a um funeral no país vizinho.
A febre hemorrágica mortal, que não tem cura, começou na Guiné Conacri em janeiro, onde matou 81 pessoas, de acordo com dados do governo divulgados há três semanas, e espalhou-se para a Libéria.
O vírus do Ébola é uma febre que provoca vómitos, diarreia, dores musculares e, em casos graves, a falência dos órgãos e hemorragia interna incontrolável.
Pode ser transmitido pelo sangue e outros fluidos corporais, bem como através do manuseamento de cadáveres de animais infetados ou contaminados, conhecidos como transmissores da doença. Fonte: Aqui