Christine
Lagarde, directora-geral do FMI, reiterou que "África está claramente em
ascensão" no término esta sexta-feira da conferência "África em
ascensão" organizada em Maputo pelo Fundo Monetário Internacional, Banco
de Moçambique e governo.
O
economista-chefe do FMI, Oliver Blanchard, defendeu por sua vez a formação de
parceirias público-privadas para desenvolver as infraestruras e o sector
empresarial em África, uma proposta deveras controversa no continente.
Na
declaração final hoje (30/05) apresentada, os ministros das finanças e
governadores de bancos centrais africanos pedem ao FMI, que efectue rapidamente
uma reforma da sua política sobre os limites da dívida, para poderem financiar
a construção de infraestruturas, alegando a necessidade de critérios de
financiamentos "mais flexíveis".
Segundo este
documento o FMI deve aperfeiçoar os mecanismos de empréstimos, para incrementar
os financiamentos ao continente africano.
Christine
Lagarde, directora-geral do FMI, recordou que África possui 30% das reservas
minerais mundiais, e pediu aos governantes africanos transparência e
distribuição dos benefícios, alegando que mau grado o crescimento económico
acima de 5% em África, as receitas provenientes das indústrias extractivas
favorecem apenas uma minoria, enquanto 45% das famílias africanas vivem em
níveis inaceitáveis de pobreza.
Isaltina
Lucas, directora nacional do Tesouro em Moçambique, refere precisamente que
inclusão, transparência e luta contra a corrupção, dominaram estes dois dias de
conferências, que hoje (30/05) terminaram em Maputo.
Winnie
Byanyima, directora-executiva da coligação de Ongs Oxfam Internacional (Oxford
ajuda contra a fome) denunciou por sua vez também hoje (30/05) em Maputo, que
África perde 101 mil milhões de euros em isenções fiscais concedidas às
multinacionais, e 76 mil milhões de euros em impostos não pagos, e considerou
"desonestos" os contratos assinados com as multinacionais, que negoceiam
em posição de força, tendo exortado a sociedade civil a pressionar os regimes,
para participar nos processos negociais, como forma de garantir a tutela dos
direitos das comunidades africanas. RFI
FMI = Futuceiro garandi & Djambacus, i ta saguiau dipus i dau mecinho ku na curau.