Os rebeldes tuaregues do Movimento Nacional de Libertação do Azawad (MNLA) afirmaram hoje que passaram a controlar a cidade de Kidal, no nordeste do Mali, depois de combates com os militares governamentais, a quem causaram várias mortes.
Depois de ter sido palco de confrontos sangrentos no último fim de semana, Kidal, que fica a 1.500 quilómetros a nordeste da capital, é mais do que nunca um desafio para o Estado maliano. Apesar da ofensiva lançada em 2013 pelas forças armadas francesas, que permitiu libertar o norte do país d grupos islamita, o governo de Bamaco nunca conseguiu dominar totalmente este bastião do MNLA.
Os combates, qualificados inicialmente como "operações de estabilização" pelo exército maliano, começaram na manhã de quarta-feira, antes de evoluírem desfavoravelmente para Bamaco, apesar dos apelos da Organização das Nações Unidas (ONU) a um cessar-fogo imediato.
"Controlamos toda a cidade de Kidal", declarou à AFP um chefe do grupo rebelde, Mohamed Ag Rhissa, contactado telefonicamente a partir de Bamaco.
O responsável pela comunicação do MNLA, Mossa Ag Attaher, tinha denunciado a "agressão" lançada pelo exército maliano, que se encontra agora desalojado "do conjunto das posições".
Uma fonte militar da missão da ONU no Mali confirmou que "os grupos armados conseguiram um domínio claro sobre as forças armadas malianas".
Um dirigente do Ministério da Defesa do Mali limitou-se a afirmar que os militares malianos "permanecem no terreno perante as forças coligadas da AQMI (Al-Qaeda do Magrebe Islâmico), do MUJAO" (Movimento para a Unicidade e a Guerra Santa na África Ocidental), dois dos grupos islamitas que ocuparam o norte do Mali em 2012-2013, e de "outros traficantes".
O exército do Mali sofreu baixas durante os confrontos e alguns dos seus efetivos foram capturados.
"Há prisioneiros e mortos nas fileiras do exército maliano", realçou a fonte da ONU. Uma informação confirmada por um outro grupo armado, o Alto Conselho para a Unidade do Azawad (HCUA, na sigla em Francês), que declarou ter participado nos combates ao lado do MNLA e do Movimento Árabe do Azawad (MAA). Fonte: Aqui