Uma vacina oral mostrou-se eficaz no combate à cólera em 86% dos
casos, durante uma epidemia na Guiné, segundo um relatório publicado quarta-
feira na revista New England Journal of Medicine (NEJM), retomado pela LUSA.
O
estudo, conduzido pelo centro de pesquisas dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) e
pelo Ministério da Saúde da Guiné, é o primeiro a mostrar que a vacina oral
contra a cólera oferece uma rápida protecção e poderá ser uma ajuda para
controlar futuros surtos.
"Por
nunca termos documentado a eficácia desta nova vacina em condições epidémicas
reais, não tínhamos informações suficientes para compreender o potencial desta
vacina como ferramenta de controlo em surtos de cólera", disse Francisco
Luquero, investigador principal do estudo.
O
responsável explicitou que se sabe agora que "a vacina oferece uma
protecção de elevado nível em situações de surto e que, para além de outras
medidas preventivas e de controlo, este método pode e deve ser administrado
quando nos deparamos com uma situação de surto".
A
vacina, de nome Sanchol, está armazenada pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) para uso em emergências e foi considerada - das duas vacinas pré-qualificadas
pela organização - o método mais adequado para os países em desenvolvimento,
por ser mais acessível, mais fácil de produzir, de transportar e de manter em
depósito. Leia mais
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