Por: Okutó Pisilon
Ao assistir a esta DETURPAÇÃO, permanente, que se vive, hoje, no PAIGC - e por arrasto o meu país - trouxe à memória, por contraste, um homem que sempre soube resistir e lutar, alguém que pensou ideologicamente o Partido, um extraordinário LÍDER AFRICANO e reconhecido como tal internacionalmente, AMÍLCAR CABRAL. O PAIGC está hoje tomado por interesses que resultam de promiscuidade entre exercício político e negócios pessoais, ou seja, de gestão egoísta de poder, sem nunca ter feito aquilo que se impunha, que era pensar-se ideologicamente, em liberdade, para que viesse a ser qualquer coisa de consistente, para ter um rosto , uma tábua de valores pelos quais as futuras gerações se sentissem obrigadas a seguir como um legado histórico e com responsabilidade. Mas não! Caiu neste faz de conta que é, mas não é, e o que é não é o que quer parecer que é. É fácil de ver que estão mais focalizados nos benefícios pessoais e não coletivos. Faz falta quem pense a política não como o lugar onde vale tudo, mas como o difícil caminho da responsabilização cívica. Um partido é uma parte do todo senão seria uma União Nacional, ou amálgama de trapos truncados. O que significa tem de saber representar essa parte, identidade ou “sentir” que luta, vive e acredita num conjunto de valores que entende como essenciais para a sociedade. E não estamos, pois, a falar de um partido onde todos cabem – inclusive, os inimigos dos que lutaram pela independência - para que alguns possam nunca perder, fazer negócio, à custa dos valores que não se vivem, até porque não se sentem, e que de vez em quando se apregoam. Ou de um partido que há muito enterrou “ideologicamente” o seu líder fundador e onde os líderes aparecem nos congressos já com lugares comprados e entre os hinos, sons dos batuques arrebitando à criançada chamada de “pioneiros Abel Djassi” e à juventude a quem pagam para abanar bandeiras nos comícios, só está a viver a ligeireza dos dias e sem fazer aquilo que lhe cabe que é descer dentro de si à fundura possível, através de um catarse como aconteceu no Congresso de Cassacá. Os valores não existem apenas para serem apregoados. Eles existem para serem vividos nos bons e, principalmente, nos maus momentos. E o que está a faltar no PAIGC é o mais difícil, a prática dos princípios programáticos que há muito abandonou para se "desenrascar " e fazer de conta que são eles os da “classe alta”, neste mundo globalizado pelo capitalismo sem ética nem moral. Após a independência, os seus dirigentes cometeram inúmeras desumanidades e crimes públicos graves. Fato que despejou para o lixo a sua reputação interna. Hoje a sua simpatia popular resulta de suborno dos eleitores. Por estas e outras razões está completamente despojado de argumentos que suscitam entusiasmo no povo. Encurralado internamente lançou mão dos aliados externos para sua legitimação interna. Mas, não demora a chegar o dia em que é extraído como um quisto e colocado num museu para a memória futura da nossa terra.
Ao assistir a esta DETURPAÇÃO, permanente, que se vive, hoje, no PAIGC - e por arrasto o meu país - trouxe à memória, por contraste, um homem que sempre soube resistir e lutar, alguém que pensou ideologicamente o Partido, um extraordinário LÍDER AFRICANO e reconhecido como tal internacionalmente, AMÍLCAR CABRAL. O PAIGC está hoje tomado por interesses que resultam de promiscuidade entre exercício político e negócios pessoais, ou seja, de gestão egoísta de poder, sem nunca ter feito aquilo que se impunha, que era pensar-se ideologicamente, em liberdade, para que viesse a ser qualquer coisa de consistente, para ter um rosto , uma tábua de valores pelos quais as futuras gerações se sentissem obrigadas a seguir como um legado histórico e com responsabilidade. Mas não! Caiu neste faz de conta que é, mas não é, e o que é não é o que quer parecer que é. É fácil de ver que estão mais focalizados nos benefícios pessoais e não coletivos. Faz falta quem pense a política não como o lugar onde vale tudo, mas como o difícil caminho da responsabilização cívica. Um partido é uma parte do todo senão seria uma União Nacional, ou amálgama de trapos truncados. O que significa tem de saber representar essa parte, identidade ou “sentir” que luta, vive e acredita num conjunto de valores que entende como essenciais para a sociedade. E não estamos, pois, a falar de um partido onde todos cabem – inclusive, os inimigos dos que lutaram pela independência - para que alguns possam nunca perder, fazer negócio, à custa dos valores que não se vivem, até porque não se sentem, e que de vez em quando se apregoam. Ou de um partido que há muito enterrou “ideologicamente” o seu líder fundador e onde os líderes aparecem nos congressos já com lugares comprados e entre os hinos, sons dos batuques arrebitando à criançada chamada de “pioneiros Abel Djassi” e à juventude a quem pagam para abanar bandeiras nos comícios, só está a viver a ligeireza dos dias e sem fazer aquilo que lhe cabe que é descer dentro de si à fundura possível, através de um catarse como aconteceu no Congresso de Cassacá. Os valores não existem apenas para serem apregoados. Eles existem para serem vividos nos bons e, principalmente, nos maus momentos. E o que está a faltar no PAIGC é o mais difícil, a prática dos princípios programáticos que há muito abandonou para se "desenrascar " e fazer de conta que são eles os da “classe alta”, neste mundo globalizado pelo capitalismo sem ética nem moral. Após a independência, os seus dirigentes cometeram inúmeras desumanidades e crimes públicos graves. Fato que despejou para o lixo a sua reputação interna. Hoje a sua simpatia popular resulta de suborno dos eleitores. Por estas e outras razões está completamente despojado de argumentos que suscitam entusiasmo no povo. Encurralado internamente lançou mão dos aliados externos para sua legitimação interna. Mas, não demora a chegar o dia em que é extraído como um quisto e colocado num museu para a memória futura da nossa terra.